- "O cristão comum não percebe que há uma guerra intelectual em andamento em nossas universidades, nas revistas especializadas e nas associações de pesquisadores. O Cristianismo esta sendo atacado de todos os lados como irracional ou antiquado, e milhões de estudantes, nossa próxima geração de lideres, absorveram esta perspectiva.";
- "O anti-intelectualismo tem ceifado muitos jovens cristãos que são bombardeados intelectualmente ao entrarem nas universidades por um emaranhado de filosofias e conceitos anticristãos.";
- Sempre encontro pais cujos filhos abandonaram a fé porque não havia ninguém na igreja que podia responder as suas perguntas. Por amor aos nossos jovens, precisamos desesperadamente de pais informados e preparados para encarar as questões no nível intelectual".
A verdade é que o evangelicalismo de hoje ataca a intelectualidade como ataca um ídolo pagão. A ênfase sustentadora da fé não é mais a Escritura, mas as experiências subjetivas e “místicas”.
Em 1756, John Wesley pregou um discurso à um grupo de homens que se preparavam para o ministério e os exortou a adquirir habilidades intelectuais em áreas diversas do conhecimento humano para que assim pudessem argumentar com um pouco mais de competência. Em outro momento, Wesley usou uma de suas frequentes correspondências para exortar um liderado intelectualmente desestimulado. “Seus dons de pregador” escreveu à um deles, “não melhoraram; são iguais a sete anos atrás; você possui vida, mas não profundidade; há alguma monotonia em sua mensagem; não há amplidão de pensamento. Somente a leitura diária pode remediar isso, combinada com meditação e a oração. Você causa a si próprio graves prejuízos ao omitir tais coisas. Sem elas, você nunca chegara a ser um pregador profundo, e nem sequer um cristão completo”.
O fato é que precisamos acordar para os perigos da falta de preparo frente aos frequentes e cada vez mais ferozes ataques ao cristianismo. É necessário um preparo adequado para combatermos a acelerada proliferação das seitas e heresias. O renomado apologista e pesquisador Jan karel Van Baalen afirma em tom de exortação: "A resposta escolar “eu sei, mas não sei explicar”, engana somente o estudante. Se não soubermos responder ao argumento do sectário é porque não dominamos os fatos. É nosso conhecimento inadequado que nos obriga a abandonar o campo derrotados, desonrando o Senhor".
O próprio Lutero, apesar de não ser um apologista, se envolveu em calorosos debates acerca da sã doutrina, e ele mesmo disse: "Se não existissem as seitas, pelas qual o diabo nos despertasse, tornar-nos-íamos demasiadamente preguiçosos e dormiríamos roncando para a morte. A fé e a palavra de Deus seriam obscurecidas e rejeitadas em nosso meio. Agora, essas seitas são para nos como esmeril, para nos polir; elas nos amolam e estão lustrando a nossa fé e a nossa doutrina, para se tornarem limpas como um espelho brilhante. Também chegamos a conhecer Satanás e seus pensamentos e seremos hábeis em combatê-lo".
Fonte: Soli Deo Gloria (Resumo do post "A importância da apologética/Parte I by Daniel Grubba)"
Referências: J.P Moreland & William Lane Craig, Filosofia e Cosmovisão Cristã, p. 28.; William L. Craig, A veracidade da fé cristã, p. 12; Timothy George, Teologia dos Reformadores; Mateo Lelièvre, João Wesley sua vida e obra; Bíblia apologética.
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