O Poder da Palavra de Deus

"Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão".
Mateus 10:34-42

"Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo". Malaquias 4:1

"De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.
Esquadrinhemos os nossos caminhos, e provemo-los, e voltemos para o SENHOR.
Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas".
Lamentações 3:39, 40, 57

"E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus,
E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. (...)
Cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação".

Romanos 4:20-25



terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Eu sei o sentido do Natal


Mais um ano, menos cabelos e mais um natal... e a mesma ladainha de sempre: presentes e o comércio bombando! Dessa vez, não vou dar uma de chato e falar que o natal é só comércio. Contudo, é muito bom que seja comércio, pois assim as pessoas têm emprego e alegria de comprar e presentear.

Mas chega de falácia e vamos ao que interessa que seja lembrado nessa data: o nascimento de Jesus! Vejam que lindo: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).

É muito relevante para a história da humanidade esse nascimento. Até para os ateus, pois a maioria deles têm registrado em seu documento de identidade a seguinte informação: data de nascimento. Lá diz que ele nasceu, por exemplo, em 11 de janeiro do ano de 1984 depois de Cristo. Ou seja, ele confessa que nasceu depois de Cristo!

Mas seria relevante somente por esse fato? Claro que não!

Concordo que isso seja irrelevante para aqueles que não aceitam o fato da existência de Deus e que Jesus, o Cristo, não é o Deus encarnado na terra dos viventes. É muito duro reconhecer isso sem a fé e sem a transformação que isso poderá gerar em sua existência... é muito mais fácil raciocinar que viemos do macaco... sério!? Eu não! Preferiria ter vindo do cachorro, que é muito mais fiel!

É muito mais difícil compartilhar o raciocício de que Deus me criou e veio através de Jesus me resgatar e endireitar o meu caminho. Mas o que seria esse endireitamento? Ora, o próprio Criador me responde: "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2:1-10).

E de bom grado, primeiramente nos amou: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3:16).

É muito árduo beber deste cálice: se colocar no lugar de alguém que tem o poder de fazer qualquer coisa e se sujeitar a isso: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz".

Com esse propósito: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Filipenses 2:6-11).

Debaixo dessa soberania universal que agradeço o privilégio de dizer: "Eu sei o sentido do Natal, pois na história tem o seu lugar. Cristo veio para nos salvar, o que Ele é pra mim?"

Então, Feliz Natal!


Publicado também em: 21/12/2008 01:30

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Prosperidade é Ganhar Almas

"O povo pobre do mundo, os excluídos das sociedades, não tem fome somente de pão, mas também da humanidade que lhe é negada. Fome do Deus que não exclui ninguém (Atos 10:35 e Romanos 2:11), e que está no meio dos seres humanos "para que todos tenham vida e a tenha em abundância" (Jo 10:10). Para que essa boa-nova possa dar frutos na nossa sociedade, devemos enfrentar outro problema fundamental, que é uma tarefa basicamente teológica: a crítica às teologias da retribuição e da prosperidade. teologias que, de certa forma, dizem que a pobreza e o sofrimento são castigos enviados por Deus aos pecadores e que a riqueza é justa e merecida porque é a benção divina distribuída por meio de mecanismo do mercado. Essas teologias usam o nome de Deus em vão (Êxodo 20:7), sacralizam as injustiças do mundo e anunciam um deus-ídolo que legitima a cultura da insensibilidade e coloca culpa nas vítimas dos mecanismos de exclusão da nossa sociedade".


by Jung Mo Sung
em Se Deus existe, por que há pobreza? p, 95.




CAMPOS BRANCOS

Pr. Antônio Cirilo

Capturado por teu amor
Embalado por teu perdão
Eu me sinto preso a ti
Por laços de amor

Profundo em meu coração
Sinto um fogo de amor por ti
Meu desejo nesta canção é te fazer sorrir

Correrei pelos teus campos brancos
Correrei para te encontrar
E em tua seara, Senhor, te abraçar

Eu compreendo o teu coração
O valor do teu sacrifício
Pelos teus campos brancos, Senhor, eu correrei contigo

by Antonio Cirilo
Santa Geração

sábado, 31 de outubro de 2009

Você quer deixar de ser crente?... Fazes bem!


Pois então, quando eu digo que sou cristão escuto um ruído seguido de espanto, surpresa e tanto de desprezo, quase asco: você é crente? Qual o motivo de tanta aversão? Provavelmente o mesmo motivo que hoje me faz ter aversão disso tudo.Não, eu não sou um ateu, não sou um desviado do caminho nem mesmo estou sofrendo de depressão porque meu “guia religioso” me “colocou” na disciplina... não mesmo, pelo contrário, não há sombra de dúvidas em meu ser em relação a quem eu sirvo, como escravo, não como empregado que espera pelo salário no fim do mês... nunca me senti tão centrado no caminho, mas também nunca me cuidei tanto para não cair... pois não tenho cajado ungido para me firmar nem lâmpada com óleo de Sião para me iluminar o caminho, sobrou-me só a Palavra da Deus, algo pouco usual hoje em dia, afinal, ela mostra o quão necessitado e inútil sou... e por fim, não estou em disciplina... pelo menos ainda não.

Por que então não sou mais crente?

Vejamos. O termo crente, conforme Houaiss, é um termo pejorativo usado no Brasil para, de forma simplória, distinguir católico e protestante... assim, você para se colocar do lado dos que não adoravam imagens dizia ser crente. No entanto, quando perceberam que dentro desse grupo “protestante” (que hoje protesta apenas contra o “mundo espiritual” que pode cerrar as “janelas dos céus” e dificultar a troca de seu carro com 1 ano e meio de uso), existiam diferentes formas de protestar... iniciou-se então uma busca por uma nomenclatura ainda mais específica. Você pode ser protestante/histórico e/ou tradicional ou carismático... mas carismático não pega bem para todo mundo, ainda soa católico demais, então você pode ser evangélico/crente pentecostal... mas aí veio a teologia da prosperidade, pregada como algo cristão apesar de seu teor altamente pagão, místico e demoníaco... mais perverso que o próprio satanismo (se isso é possível)... e criou-se o neo-pentecostalismo... seguido por uma lista sem fim de plaquinhas e jargões de emergentes, independentes, etc... não são cria, mas vieram depois.

Alguém pode dizer... isso é a multiforme graça de Deus... Será mesmo?

Quando a apóstolo Pedro escreve sobre a multiforme graça de Deus, ele diz que ela tem um único propósito, a saber: glorificar a Deus por intermédio de Cristo Jesus.

Responda, mas pense para responder... aqui pensar é um dom de Deus e não uma arma de satanás.

É isso que vemos quando olhamos essa quantidade de crentes sujando as ruas e gritando palavras de ordem (muitas sem nenhum sentido) numa marcha que mais serve para competir com a parada gay e com o desfile militar do 7 de Setembro? É isso que vemos com uma disputa midiática que custa milhões de reais por dia, dinheiro que poderia estar sendo realmente investido para salvar vidas, mas que é usado apenas para se fazer propaganda de feitos humanos? É isso que se prega nos púlpitos, hoje mais assemelhados a palcos do que altares, onde bênçãos são vendidas e não dadas?

Deixar de ser crente hoje não significa juntar-se com aqueles que adoram imagens... afinal, a diferença das imagens do catolicismo para as do protestantismo contemporâneo são apenas na forma e no custo... as evangélicas inflacionaram muito mais nos últimos semestres, está cada dia mais caro comprar uma réplica da arca e o custo da importação do óleo de Jerusalém quase triplicou... mas imagens de gesso da "padroeira-dos-navegantes-perdidos-em-alto-mar" custa o mesmo que em 2003. Deixar de ser crente hoje pode significar abster-se dessa idolatria a mamon, desse desleixo (e até repulsa) com as Sagradas Escrituras e por fim, o libertar-se dessas vergonhas que são muitos dos que se auto-proclamam ministros do evangelho, mas que servem apenas a seu próprio deus e envergonham a cruz de Cristo.



by Daniel Clós Cesar



Orientações Práticas para Odiar o Pecado (20)

Orientação Prática XX

Espere pacientemente em Cristo até que ele tenha realizado a cura, que não acabará até que essa árdua vida chegue ao fim. Persevere na assistência do Seu Espírito e dos Seus meios; pois Ele virá no tempo certo e não tardará. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós com a chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6:3). Ainda que você diga: “Não há cura para nós” (Jeremias 14:19) “Eu curarei sua infidelidade, eu de mim de mesmo os amarei” (Oséias 14:4). “Mas para vós outros que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas” (Malaquias 4:2) “e bem-aventurado todos os que nele esperam” (Isaías 30:18).

"Deste modo, eu dei algumas orientações que podem ser úteis para o ódio ao pecado, humilhação e libertação dele." Richard Baxter



Fonte: http://www.puritansermons.com/baxter/baxter16.htm
Via: Voltemos ao Evangelho
Orientação por Richard Baxter
Tradução da Orientação: Joelson Galvão Pinheiro


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Demais Orientações Práticas
12 Orientações para Odiar o Pecado

Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador! É isso mesmo?

Podemos aceitar que existe um sentido genérico do amor de Deus. Ele demonstra e fala de amor ao mundo, à humanidade, à sua criação. Como calvinista, não tenho nenhuma dificuldade em aceitar isso. Temos que entender, porém, que no sentido salvífico (a salvação eterna da perdição e condenação do pecado) o amor de Deus é derramado exclusivamente sobre o seu povo e, individualmente, sobre os que ele eficazmente chama para si. Sobre aqueles que responderão, ao chamado eficaz, abraçando a Cristo como único e suficiente Salvador.

A frase "Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador", entretanto, por mais que seja proferida e repetida, é uma forma simplista de expressar uma situação complexa, pois realmente é impossível separar o pecado do pecador, como se o pecado fosse uma entidade com vida independente, que apenas se utiliza do corpo e da mente do praticante.

Tiago (1:12-15) nos ensina que o pecado é gerado dentro das pessoas, partindo da própria concupiscência, externando sua prática em um relacionamento "simbiótico" (de dependência mútua) com o praticante. Sem barreiras e controles, enfim, sem a redenção, leva à morte.

O pecado é algo odioso em suas manifestações. Estas são verificáveis nas pessoas, pecadoras, sem as quais ele é indescritível e amorfo.

Em Romanos 9:11-18 a Bíblia fala do "aborrecimento" (ódio) de Deus contra Esaú, contrastando com o amor derramado sobre Jacó. Mas a Palavra de Deus expressa em outras ocasiões (além desse caso específico, de Esaú e Jacó) o ódio ("aborrecimento") de Deus a pecadores. Isso ocorre, porque ele é tanto JUSTIÇA como AMOR.

Por exemplo, no Salmo 11:5, lemos "O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência". Veja que ele não odeia somente a violência (inexistente, sem o praticante), mas "ao que ama a violência" - uma pessoa, o pecador.

Em Provérbios 6:16-18 lemos sobre sete coisas que o senhor abomina (odeia): olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre irmãos. Quando lemos essa descrição das "coisas" que o Senhor odeia, vemos que elas não são especificamente "coisas", mas são pessoas que realizam certas ações; a descrição é a de pessoas que Deus abomina. Isso fica bem claro nas duas últimas "coisas" - uma pessoa, ou outra, que é: "testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos".

Não resta dúvida, portanto, que pelo menos nessas instâncias específicas Deus odeia pecadores. Consequentemente, isso deve nos fazer cautelosos de dar uma declaração genérica e abrangente de que ele não odeia pecadores, pois esse ensinamento não pode ser atribuído, dessa maneira, à Bíblia e carece de inúmeras qualificações.



by Solano Portela





Minha opinião: Creio que ninguém será salvo por não pecar. Creio também que odiar o pecado é nossa batalha constante e perseverante. Misericórdia quero e não holocausto!
:
"Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento." (Mateus 9:13)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Orientações Práticas para Odiar o Pecado (19)

Orientação Prática XIX
Coloque todas as providências de Deus, quer a prosperidade ou adversidade, contra seus pecados. Se ele te der saúde e prosperidade, lembre-se que por meio disso Ele requer sua obediência e tem um chamado especial para você. Se Ele te afligir, lembre-se que pode ser algum pecado pelo qual Ele está ofendido; portanto, agarre isso como Seu remédio e veja que você não obstrua essa obra, mas seja diligente, pois isso pode purgar seu pecado.


(Continua...)


Fonte: http://www.puritansermons.com/baxter/baxter16.htm
Via: Voltemos ao Evangelho
Orientação por Richard Baxter
Tradução da Orientação: Joelson Galvão Pinheiro



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Demais Orientações Práticas
12 Orientações para Odiar o Pecado

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quero ser como criança...

Diante de tantos absurdos justificados com a falsa fé, questiono: Quem é Jesus Cristo?

Respondo como criança: Um homem bom que mora no céu e no meu coração e que não me pede novecentos reais para demonstrar a minha fé.

"Quero ser como criança. Te amar pelo que És"

Sou uma criança inteligente e nenhum boboca engravatado vai tirar o dinheiro que o papai ganha com o suor do seu trabalho dizendo que as bênçãos correrão atrás dele. Ouviu bem, homem malvado e ladrão de doces! Humpft!

Papai me ensinou:
"Use sua fé para adorar a Deus e não para mandar Nele. Ele sabe de suas necessidades e irá supri-las no tempo e na hora Dele."

Quando crescer, vou entender o que ele quis dizer com isso!

Meu papai é manêro!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio de Janeiro - Cidade Virtuosa


Lembro-me da primeira vez que fui ao Rio de Janeiro, nem faz tanto tempo assim - foi em 2001. Tinha meus 21 anos e fiquei maravilhado com essa cidade. Fiquei em Jacarepaguá (casa do tio do meu amigo Max). O motivo da viagem foi o Rock in Rio daquele ano, mas a cidade me cativou mais. Linda, linda e linda! Eu, nascido e criado em Brasília, mal sabia o que era uma montanha em plena metrópole. Em Brasília, aprendemos o que é montanha nas trilhas e cachoeiras que cercam aquele quadradinho no mapa do Brasil. Mas na cidade é tudo plano e reto. Por isso, minha primeira impressão foi essa: morros, montanhas e nuvens lambendo cada uma delas. O céu parece até que é mais perto da terra. O sol é mais quente, apesar da brisa que vem do mar.

Fomos ao Corcovado! Aí é que fiquei perplexo mesmo! Parecia coisa de cinema! Que dimensão era aquela?! Meu Deus! Eu cresci numa cidade feita pelas mãos dos homens; concreto, lago artificial; e estava diante de uma cidade totalmente feita pela mão de Deus. Imaginei: essa cidade não precisou de nenhuma obra humana para ser tão linda, pois não é nenhuma edificação humana que a torna única, mas a edificação de Deus. O Todo-Poderoso Criador estaria mais inspirado quando criou o Rio? Quem pode dizer que não?

Na(i)sceu ali a minha ligação com o Rio, creio eu. Não por menos que 4 anos mais tarde conheci minha esposa, carioquíssima! Sabe aquele jeitinho de falar? Ai ai ai... (em outro texto, contarei como nos conhecemos e toda a provisão de Deus para o nosso casamento).

Desde então, todo ano vamos ao Rio. E muito prazeroso visitar essa cidade.

Você pode perguntar: "Ôpa, mas é o Rio de Janeiro, meu brother! E a violência?"

Realmente é muito assustador você andar na mesma calçada onde ouve um assalto ou um assassinato no dia anterior. Mas existe também muitas crianças, idosos e famílias inteiras caminhando e contemplando a praia o dia inteiro.

Li num artigo que falava sobre as pessoas que são muito preciosas para Deus e acabam sendo destruídas pelo nosso adversário. Seria um paradoxo se não fosse tão simples de entender. Imaginei que isso poderia acontecer com certas cidades por esse por esse mundo afora, então separei uma parte desse artigo, mas para entender o contexto, sugiro a leitura total:

"Quero compartilhar o que o Espírito Santo me mostrou em resposta a este dilema. Seria culpa dos pais? Haveria uma semente do mal que simplesmente brotou neles de repente? Nem sempre. Quero lhe dar a gloriosa informação da parte de Jesus Cristo: esta criança era preciosa! Uma pessoa preciosa e amada à vista de Deus. E quer vocês saibam disto ou não, queridos pais, esta criança ainda é amada por Deus porque, uma vez tendo dito: “Eu vejo o potencial!”, Ele não desiste. Ele não desistirá enquanto este filho ou filha não se virar totalmente para Ele. Ele vai continuar vindo, vindo, e vindo. Eis porque é tão importante resistir, continuar orando. Eles ainda são preciosos aos olhos de Deus, não importa aonde estejam ou o que tenham feito. A adúltera, Satanás, veio para enganar o seu filho que é tão precioso à vista de Deus. Caso eles não fossem tão preciosos, por que Satanás iria atrás deles com uma fúria tão demoníaca?" by Pr. David Wilkerson. (Para ler a mensagem completa do autor e entender o contexto, clique no título: O Caçador).

"Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

"Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.
Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." (
João 10:7-18)


domingo, 27 de setembro de 2009

O Evangelho da Verdadeira Liberdade


Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. - Paulo em 2 Co 3:17

A interpretação mais corriqueira deste pequeno versículo parece sempre estar ligada a liberdade litúrgica. É muito comum ouvirmos, principalmente em comunidades mais carismáticas, algo assim: "Irmãos, na presença do Senhor temos liberdade, podemos cantar em todos ritmos, dançar como Davi dançou, chorar copiosamente, cair na unção, orar em línguas o mais alto para que todos ouçam, ou se preferir, ficar em silêncio contemplativo". Então, no fim da breve ministração concluem citando o versículo supracitado. É muito bonito, mas este trecho de 2 Coríntios 3 não tem absolutamente, nada haver com liberdade que se expressa no culto.

Liberdade de culto?

Levarei em conta apenas duas considerações. Em primeiro, a contrário dos mais tradicionais, penso que a flexibilidade litúrgica traz dinâmica e vida ao culto. Não creio que o culto cristão, para ser mais solene, deva assemelhar-se a um funeral, ou deva zelar a todo custo por uma estrutura tradicionalista, rígida e imutável. Desde que haja ordem e decência como nos orienta Paulo em 1 Co 14:40, podemos torná-lo mais feliz, por assim dizer. Não podemos nos esquecer que nosso povo é expansivo, passional, alegre. Há que se compreender os aspectos culturais. O culto no Norte do país em uma Assembleia Pentecostal, será muito diferente do culto celebrado no Sul em um Igreja Luterana. Por isso, sempre haverá perigo na vã tentativa da sacralização ou demonização de aspectos culturais "a-morais" e singulares de cada região.

Erro crasso de interpretação

A segunda consideração que gostaria de registrar é de natureza hermenêutica. Como já disse na introdução, a liberdade que o Espírito promove não tem nada a ver com a vida cúltica. Afirmar isso, além de reduzir ao máximo o profundo significado do texto, também é um erro crasso de interpretação. Apenas quem não conhece o contexto imediato do capítulo 3 do segundo livro aos Coríntios pode dizer que a frase - onde o Espírito do Senhor está, aí há liberdade - significa liberdade para "fazer o que der vontade de fazer" no culto.

A verdadeira Liberdade

Então, de que somos libertos afinal? Que espécie de liberdade o Espírito do Senhor promove? Simples, leia todo o capítulo 2 Coríntios 3. Como alguém já disse: texto sem contexto, é pretexto.

A primeira coisa que deve ficar bem clara é que a liberdade do Espírito do Senhor, que Paulo discorre em toda perícope, não está de modo algum relacionada a expressões litúrgicas de culto. Pois a maravilhosa libertação ocorre em nós, no interior da gente, no modo como nos relacionamos com Deus em nossos corações, e não fora de nós. Pois é bem possível que haja pessoas que dançam, correm e pulam no culto, mas em seu interior são consumidas por um medo angustiante de serem riscadas do livro da vida, de serem consideradas indignas do Reino, de não serem amadas incondicionalmente por Deus. Sim, muitas vezes, estão pulando, dançando, gritando, pois querem convencer a Deus de que são dignas em si mesmas de obterem a salvação, de que são merecedoras de serem abençoadas. E neste caso, toda liberdade do culto, em todas suas expressões, deflagram apenas uma devoção patrocinada pela culpa.

Então, de acordo com Paulo, seguindo a sequência natural de texto, devemos afirmar que somos libertos da toda frustração e culpa que provém de nossas inúteis e arrogantes tentativas de afirmar nossa justiça diante de Deus mediante a obediência da Lei. Vejamos no Capítulo 3 da Segunda Carta do Ap. Paulo aos Coríntios:

Versículo 3 - Somos libertos pelo Espírito do Deus vivo, de um relacionamento primitivo que se fundamenta em tábuas de pedra como na Antiga Aliança, para nos relacionarmos intimamente com Deus, nas tábuas de carne do coração. Paulo está dizendo, na verdade, que não tinha nenhum código de leis, regras legalistas, preceitos mosaicos - tábuas de pedra - para apresentar ao povo de Corinto, como meio de relacionar-se com Deus. Ao contrário, eles iriam discernir a vontade de Deus, lendo e observando as tábuas de carne. Ou seja, o modo de viver de um cristão que aprendeu amar (1 Co 13).

Versículo 6 - Somos libertos para sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra do Antiga Aliança, mas do Espírito; porque a letra, os códigos, os preceitos, e as ordenanças da Lei, são as coisas que matam pela imposição da culpa, mas é o Espírito que vivifica. Posto que a Lei só serviu para mostrar o quanto somos pecadores e incapazes de cumpri-la. "Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus." (Rm 3:19).

Versículos 7 e 8 - Somos libertos do ministério da morte que foi gravado com letras em pedras. E que apesar de toda gloria, que estampava-se na face de Moisés, era transitória e temporal; Ficou velha e caduca, pois Hebreus 8:13 fala: "Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar". Fomos chamados a liberdade da gloria do ministério do Espírito, que é infinitamente maior e eterna.

Versículo 9 - Fomos libertos do ministério da condenação, que foi glorioso, mas muito mais excederá em gloria o ministério da justiça. Sim, a lei - letra que mata - nos encerrou debaixo do pecado destituindo-nos da gloria, mas a justiça de Cristo, nos declarou para sempre justos diante de Rei. Portanto, não há mais condenação (Rm 8:1).

Versículo 11 - Fomos libertos do que era transitório e temporal. E apesar de todo o esforço dos evangélicos legalistas de reavivar uma Lei para se ufanarem de seus gloriosos feitos [...] Nós, os que acreditamos na justificação pela fé, não nos apoiamos em nossa obediência a Lei, que não passam de trapos de imundícia, pois é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Pois como disse Paulo em 2 Co 3:5 "Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus".

Versículo 13 - Fomos libertos da tendência de reproduzir a espiritualidade de Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Pois fomos chamados à sermos a semelhança do Filho de Deus, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos (Rm 8:29).

Versículo 14 - Fomos libertos do endurecimento dos sentidos; libertos do véu que nos obrigava a guardar a Lei, a qual foi por Cristo abolida. Sim, não somos mais obrigados a obedecer a Lei como meio de justificação, pois ninguém nunca será justificado pelas obras da lei (Gl 2:16).

Versículo 18 - Fomos libertos e todos nós, com rosto descoberto, refletimos como um espelho a glória do Senhor; somos transformados de gloria em gloria na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. A transformação é obra de Deus, não é algo que possamos fazer por nós mesmos.

Posto isso, devemos afirmar, de acordo com a consciência do Evangelho, que toda e qualquer tentativa humana de guardar a Lei, produzirá frustração e culpa. Sim, ora ficaremos frustrados por descobrir que é impossível cumprir os preceitos, e automaticamente seremos condenados a estado crônico de culpa e ansiedade.

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade é poder descansar no fato, de que tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade é poder seguir rumo ao alvo, sem ter a necessidade de olhar para as coisas antigas, pois quem está em Cristo é uma nova criatura, tudo ficou para trás, e novas coisas se fizeram.

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade é não aniquilar a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão. É poder cantar, dançar, pular; ou se preferir ficar em silêncio em profunda reverência, desde que o coração esteja apaziguado na maravilhosa graça de Deus.




by Daniel Grubba



Fonte: Soli Deo Gloria Via: Bereianos

sábado, 26 de setembro de 2009

Caminhos Inescrutáveis

A Bíblia está repleta de histórias que só passaram a fazer sentido quando chegaram ao fim; experiências vividas por servos de Deus que, num ponto de sua história, se configuraram como absurdas. Qual o sentido de Abraão, com um cutelo na mão, indo imolar seu filho, ou José sendo lançado num poço pelos seus irmãos, ou Israel sendo derrotado na batalha em que Deus prometera vitória, ou Cristo sendo colocado numa tumba? Entretanto, as Escrituras Sagradas ensinam que, em um universo dirigido por um ser pessoal, santo e sábio, a história tem princípio, meio e fim. Tudo é linear, nada é cíclico. Tudo caminha na direção do tempo ômega – o fim, que traz sentido às maiores tragédias e aos menores detalhes da vida. `

Por isso, a sabedoria cristã (aquela que tem como alicerce e fundamento Deus e o seu caráter) diz que jamais sejamos precipitados e cheguemos a conclusões falsas sobre os acontecimentos da vida, acerca dos quais nossos conhecimentos sobre causas e conseqüências são apenas parciais. Abrão não vai ter que lançar mão do cutelo para imolar seu filho, José não vai ficar para sempre naquele poço, Israel não será derrotado novamente pelo mesmo adversário e Cristo não será contido pela tumba, pois há um Deus que provê para si um substituto, que tira de todo e qualquer poço aqueles para os quais tem as mais excelsas promessas, perdoa os pecados que resultaram na derrota na batalha e pelo poder da sua palavra ressuscita mortos.

As maiores desgraças haverão de dar lugar às maiores graças hoje, amanhã ou na eternidade. Ao homem só cabe ouvir Deus dizendo:

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. (Is 55:8-9)



by Antônio Carlos Costa
pastor da Igreja Presbiteriana da Barra


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

DEPENDÊNCIA ou Morte!

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho." (Fp 1:21)

Definitivamente minha vida não valerá a pena se eu não vivê-la integralmente para Cristo. Seria como eu não tivesse passado por este mundo. Como se cada riso, choro, vitória e derrota não tivessem existido.

Certamente, serei um indigente se não chegar a esta condição: inspirar sujeição a Jesus e respirar o amor incondicional que Ele tem.

Vislumbro que é impossível para mim viver essa condição com a vida que levo. Como viverei integralmente para Cristo se ocupo a maior parte do meu tempo para me sustentar e pagar as minhas contas? Não sei você, mas eu só funciono distante da acomodação. Se for possível viver a minha vida discretamente, como uma pessoa que "não fede nem cheira", é assim que viverei! Que coisa terrível!

"Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra" (Fp 1:22)

Viver como um cidadão estável em uma família estável é a busca de muitos. Contudo, não acho esse modelo de vida na Bíblia. Pode me indicar um exemplo, mas antes analise bem esse exemplo no contexto da Carta aos Filipenses ou na vida destas pessoas. Chegar a conclusão que só viverei na total DEPENDÊNCIA de Jesus Cristo quando estiver em aperto não é muito difícil, mas é aterrorizante!

Creio que um dia viverei o resto da minha vida pregando para aqueles que não conhecem a Jesus - o Caminho, a Verdade e a Vida. E essa condição de vida que me afastará do comodismo e da estabilidade mundanas, carnais e anátemas.

"Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele" (Fp 1:29)

Fazer o bem não basta para quem entende o que é o Reino de Deus. Boas ações são pífias diante do plano de salvação que Jesus tem para cada um de nós. Salvação essa que explica como é possível ser feliz e inabalável diante das aflições. Seguir a um messias para nunca perder é mole. Por outro lado, é muito duro seguir em um caminho onde negar a si mesmo é só o começo.

"E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo" (Ef 3:8)

Não ter tempo para o pecado é uma ótima saida para quem não deseja continuar crucificando a Cristo. E chegará um dia em que o Espírito Santo será maior em mim do que eu mesmo. Essa é a minha esperança de não viver em vão!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Orientações Práticas para Odiar o Pecado (18)

Orientação Prática XVIII

Mantenha sua vida em ordem santa, tal como Deus ordenou que você vivesse. Pois não há preservação para os retardatários que não se mantém no caminho, que abandonaram a ordem e o mandamento de Deus. E esta ordem está principalmente nestes pontos:

1) Que você mantenha união com a universal igreja. Não esteja separado do corpo de Cristo sobre qualquer pretensão que seja. Esteja na igreja como um regenerado, mantendo a comunhão espiritual em fé, amor e santidade; como um congregado, mantendo a comunhão externa, na profissão de fé e na adoração.
2) Se vocês não são mestres, vivam sob seus fiéis pastores como obedientes discípulos de Cristo.
3) Que os mais piedosos, se possível, sejam seus amigos íntimos.
4) Seja esforçado em algum chamado externo.


(Continua...)


Fonte: http://www.puritansermons.com/baxter/baxter16.htm
Via: Voltemos ao Evangelho
Orientação por Richard Baxter
Tradução da Orientação: Joelson Galvão Pinheiro


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Demais Orientações Práticas
12 Orientações para Odiar o Pecado

domingo, 20 de setembro de 2009

Orientações Práticas para Odiar o Pecado (17)

Orientação Prática XVII

Esteja familiarizado com a sua temperatura corporal e em quê o pecado é mais inclinado a você, e também em que situação o pecado te deixa mais vulnerável, e nisso você deverá ser mais rigoroso.

(Continua...)


Fonte: http://www.puritansermons.com/baxter/baxter16.htm
Via: Voltemos ao Evangelho
Orientação por Richard Baxter
Tradução da Orientação: Joelson Galvão Pinheiro

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Demais Orientações Práticas
12 Orientações para Odiar o Pecado

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O que a Igreja ensina e os televangelistas negam

Inúmeros pastores têm compartilhado as suas preocupações com os ensinamentos ministrados por alguns dos tele-evangelistas. Há pouco, um pastor amigo me disse: “A gente dá um duro absurdo ensinando aos membros de nossas igrejas a sã doutrina para que esses lobos vorazes desconstruam tudo que ministramos, através de seus programas televisivos.”

Isto posto, afirmo sem a menor sombra de dúvidas que aquilo que a igreja ensina, os tele-evangelistas negam, senão vejamos:

1º - A igreja ensina que em Cristo o escrito de dívida que constava contra nós foi cancelado; já os tele-evangelistas ensinam que os crentes precisam se libertar das maldições hereditárias.

2º - A Igreja ensina que Jesus é o Senhor; os tele-evangelistas que Deus é o gênio da lâmpada mágica.

3º - A igreja ensina que as Escrituras nos bastam; já os tele-evangelistas de que o mais importante são as experiências.

4º - A igreja ensina que devemos orar segundo a vontade de Deus; os tele-evangelistas que devemos decretar a bênção.

5º - A igreja ensina que aqueles que buscam o reino de Deus, todas as coisas lhes serão acrescentadas; os tele-evangelistas de que em Cristo seremos ricos.

6º - A igreja ensina que Jesus Cristo é Deus; os tele-evangelistas de que ele é fonte de vitória.

7º - A igreja ensina sobre a trindade; os tele-evangelistas o unitarismo.

8 º -A igreja ensina sobre a mordomia cristã; os tele-evangelistas de como extorquir dinheiro do povo.

9º - A igreja ensina sobre um Deus soberano que governa sobre todas as coisas; os tele-evangelistas de que Deus pode ser surpreendido por catástrofes e tragédias.

10º - A igreja ensina que os nossos cultos devem ser cristocêntricos; os tele-evangelistas de que devem ser antropocêntricos.

11 º A igreja ensina que adorar a Deus é humilhar-se pedindo perdão pelos pecados; os tele-evangelistas de que adorar é saltar de alegria nos famigerados shows gospel.

12º - A igreja ensina de que não devemos perder tempo com o diabo; os tele-evangelistas de que devemos entrevistá-los.

13º - A igreja ensina a simplicidade do evangelho; os tele-evangelistas a zooteologia, onde cães, leões, águias e outros bichos mais se fazem presentes nas manifestações de louvor a Deus.

14º - A igreja ensina que os ritos sacrificiais e as festas judaicas foram abolidos definitivamente por Cristo na cruz do calvário; Os tele-evangelistas judaizaram a fé.

15º - A igreja ensina que o maligno não nos toca; os tele-evangelistas de que basta dar legalidade que o diabo faz um inferno na vida do crente.

16º - A igreja ensina sobre discipulado; os tele-evangelistas sobre coronelismo e cobertura espiritual.

17º - A igreja ensina que avivamento se faz presente através do choro e arrependimento; os tele-evangelistas que avivamento é barulho.

18º - A igreja ensina o perdão, os tele-evangelistas o ódio.


Pois é cara pálida, dias difíceis os nossos! Que Deus tenha misericórdia da sua grei!

Pense nisso!


Orientações Práticas para Odiar o Pecado (16)

Orientação Prática XVI

Não seja precipitado nem aja por emoções, mas proceda deliberadamente e prove bem todas as coisas antes de se firmar nelas.



(continua...)


Fonte: http://www.puritansermons.com/baxter/baxter16.htm
Via: Voltemos ao Evangelho
Orientação por Richard Baxter
Tradução da Orientação: Joelson Galvão Pinheiro


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Demais Orientações Práticas
12 Orientações para Odiar o Pecado

domingo, 6 de setembro de 2009

A perseguição de um quase ateu

"(...)
Há cristãos me perseguindo, excluindo-me conceitualmente dentro da minha família, dentro do meu já antigo rol de amizades, fora os que não me cumprimentam mais, os que fingem não ter me visto passar, os que tentam defender os que ouvem o que digo, com medo de eu os lavar a mente com minhas opiniões, e os que ainda têm contato comigo através da amizade com minha popular esposa.

Sei que ultimamente tem acontecido o mesmo com muita gente. Tantos têm cansado da vida mediocre que têm levado, tentando se fazer acreditar que serve à Deus servindo à sua igreja, seja cantando, seja orando em campanhas de oração, seja promovendo festas profanas disfarçadas, onde se gasta o que muitos fiéis estão precisando em suas mesas, seja limpando e ornamentando templos, seja trabalhando em seu emprego de pastor, seja se subordinando a pastores e apóstolos, intitulados pelo entendimento do homem ou por caros diplomas, na puxação de saco, considerando-os autoridades em suas vidas, seja depositando seu dinheiro em nome da convicção de benção financeira ou da maldição divina pelo "roubo" ao Senhor, seja simplesmente indo às reuniões e cumprindo as programações para aliviar a pressão da ciência de sua vida torpe durante a semana que se finda no início de uma nova, delongando o mesmo cíclo hipócrita. E é totalmente compreensível que não se sintam confortáveis nesse âmbito aqueles de quem falo, incluindo-me. Esse desconforto pode levá-lo a pensar e repensar sua participação nisso tudo, e pode ser que um dia sua paciência se estoure e decida abrir a boca e refutar as asneiras ditas em nome de Deus nessas igrejas; vai ver que todo desprazer que te incomoda era o mesmo que incomodava Jesus quando lidava com os religiosos sempre o perseguindo, e é bem provável que vão dizer que está sendo usado pelo diabo para levar desordem à igreja e que você não pode fazer bem o uso do entendimento para crêr; podem censurar sua necessidade de pensar; podem fingir que você não é mais "visível" e que nunca te chamou de irmão; mas também podem chover visitas em sua casa por um período; pode ouvir muitas declarações de amor que nunca ouviu e nunca sentiu; pode receber vários depoimentos de pessoas com aparentemente os mesmos pensamentos seus e vê-las os desmentindo numa situação ou em outra, em nome do desembaraço; pode até ter problemas conjugais, percebendo que a religião tende a dividir os pensamentos entre você e seu cônjuge, bem como os sonhos e os objetivos.

Sair da igreja e se aventurar em viver o Cristianismo no presente século pode lhe fazer sofrer sérias consequências, como pouco ilustrei, e como tenho sofrido. É uma mistura de contentamento e descontentamento. Por um lado você quer continuar na ilusão de que tinha muitos amigos e que Deus te atende à medida que você trabalha para a igreja, e por outro, sente alívio por, pelo menos, não se sentir mais tão fariseu e impostor como se sentia antes.

Meu único sonho hoje que merece alguma atenção é ser cristão verdadeiro; amar desavisadamente, sem alarde, já que a vida não parece ter muito sentido sem esse amor. Antes, estava ludibriado pela sensação de dever sempre cumprido, no que pensava ser servir a Deus. Hoje, estou ciente de que não faço o mínimo do que devo fazer para dar sentido na minha vida. Tomara que um dia o amor tome o lugar da religião no coração dos "fiéis" e apague as manchas e cicatrizes daqueles que teimam a voltar para o início de tudo, tornando-se "quase ateus" na tentativa de reaprender Deus e reacreditar nEle, agora com experiência própria e não mais de ouvir falar.

by Lindoélio, no blog O's Lázaro's. Via Pavablog

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Saia do Jugo da Prosperidade e Seja Livre em Jesus.

Eu seria maluco se não aceitasse a prosperidade em minha vida, mas maluco mesmo é quem vive atrás da prosperidade e se esquece de Jesus;

Eu seria maluco se não fizesse jejum, mas maluco mesmo é quem jejua para ganhar um carro de Jesus;

Eu seria maluco se não fosse mais à Igreja, mas maluco mesmo é quem só vai à Igreja para participar de um grupo social ou receber uma "bênção";

Eu seria maluco se parasse de orar, mas maluco mesmo é quem determina ou dá uma ordem a Deus e chama isso de oração;

Eu seria maluco em causar intriga com um pastor, mas maluco mesmo é quem segue um pastor sabendo que seus feitos não condizem com a Palavra de Deus;

Eu seria maluco em parar de ler a Bíblia, mas maluco mesmo é quem aceita uma pregação que não está na Bíblia;

Eu seria maluco em pecar, mas maluco mesmo é quem acha que não peca e não confessa seu pecado e não perdoa;

Eu seria maluco em não ter fé, mas maluco mesmo é quem acha que com a fé é possível mandar em Deus;

Eu seria maluco em me desviar do Caminho de Jesus, mas maluco mesmo é quem se desvia e já não se acha mais digno em retornar para Jesus;

Eu seria maluco em não aceitar Jesus como meu Único Salvador e Consumador da minha fé, mas maluco mesmo é quem acha que o seu vizinho ou outra pessoa não aceitará;

Eu seria maluco em escrever o que escrevi, mas maluco mesmo é quem não escreve!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sensações que experimentei na igreja

Não posso ser totalmente ingrato ao meu passado dentro da "i"greja. Tanto quanto não posso ser ingrato com meus namoricos de adolescente. Me ocorre agora uma lembrança, ou melhor lembro-me de sensações que já não sinto mais. Sensações boas, perigosas e efêmeras...

Minha vida dentro das enfeitadas construções sagradas me trouxe muita bagagem da qual me orgulho. Embora possa questionar a estrada que peguei, e aceder que existia uma melhor trilha, não mudaria o meu caminho em detrimento de onde estou. Não posso dizer que não gostaria de não ter experimentado tudo o que vivi. Não, seria hipocrisia minha...

Lembro da sensação de viver uma dicotomia. De achar que vivia o Céu no fim de semana e voltava ao mundo de Segunda à Sexta - Sábado era o esperado culto de jovens. Aquilo para mim era o Reino, era a Igreja, era a Noiva, era Deus conosco... como na música que canta o Pe. Marcelo, não sabia se a igreja subiu ou se o Céu desceu... Era a minha sensação, minha experimentação espiritual mais pungente. Provavelmente aqueles cultos repletos de contrição coletiva, choramingos, berros extravagantes e línguas era fruto do louvor que estava "fluindo". E isso pra mim era deveras espiritual...

Eu ficava ali, na bateria, apenas observando, enquanto tocava (ou como dizia, ministrava), a igreja ceder aos nossos artífices de conduzir a massa em adoração... todos com os olhos fechados, faces enrugadas e espremidas, todos provocados pelo clima de "intimidade" com Deus. Às vezes, eu nem estava em êxtase, mas, fingia só para "induzir" a congregação. Os que não entravam no "mover", tínhamos por menos espirituais, ou no mínimo haviam cometido algum pecado durante a semana. É claro que, muitas vezes, eu próprio havia pecado durante toda a semana, mas, no Sábado eu me arrependia e orava para que Jesus me lavasse com o Seu sangue e me purificasse de todo pecado. Realmente o que fazia me confessar era a noção de "Presença" de Deus no fim de semana. Uma sensação que não experimentava durante o meio da semana e que me permitia procrastinar e pecar, confiante que Deus me perdoaria poucos minutos antes de "ministrar" louvor em "Sua Casa"...

Para mim, culto com "Presença" de Deus era culto com muito louvor, muita adoração extravagante e uma pregação tocante e, preferivelmente, com bastante eloquência e domínio das emoções dos espectadores... E, claro, se o louvor se estendesse naturalmente em resposta da congregação, ultrapassando o horário da pregação, isso era sinal de que o povo estava sedento de Deus! E se o pastor fizesse cara feia porque o louvor estendera-se era porque estava resistindo à direção do Espírito...

Aquele finalzinho de ministração de louvor, com aquela música Enche este lugar, e toda a igreja prostrada e declarando seu amor a Deus, chorando, gemendo, gritando... e a música ia se esvaindo devagar (sabíamos como criar um clima), iam sobrando apenas os sniff, sniff... Era uma sensação tão boa! Na verdade não desejava que aquilo acabasse ali, salvo quando estava atormentado pela culpa de algum pecado que me impedia de entrar naquele "mover" e, eu esperava que aquele lenga, lenga moroso terminasse o quanto antes!

É desta sensação de que me recordo agora... de forma nostálgica até! Sensação de Céu, de lá-fora-está-tudo-bem-obrigado, de não-me-preocupo-com-nada-porque-estou-"adorando"! E que me fazia desgostar tanto de ter que deixar aquele prédio sagrado para tornar à minha casa com minha mãe "descrente" e minhas irmãs "desviadas" e todo o "inferno" que vivia lá dentro. Claro, se minha referência de Céu era o culto, para mim o inferno era em casa: responsabilidade, relacionamento para cuidar, diálogo para administrar, tarefas para cumprir, problemas para superar, gente para amar, gente para odiar, gente para perdoar, falta de dinheiro para se preocupar... vida para viver! E sem abundância por sinal! Minha vontade era ficar recluso dentro da "i"greja, eu até tinha as chaves do templo! De maneira que para não ficar em casa, ficava lá dentro, ouvindo música, adorando, orando... FUGINDO!

Toda essa experiência religiosa era tão gostosa quanto ficar com as meninas(geralmente esse era o pecado de que devia me arrepender no fim de semana)! Aqueles beijos sem compromisso que elevavam a adrenalina (geralmente tinham que ser escondidos), que me causavam momentos de prazer, de satisfação efêmera... e que me fazia ir atrás de mais meninas pra ficar! Eu era dependente daquilo tudo... porque era como um ópio para mim! Uma válvula de escape, tal como beijar descompromissadamente (e, como não podia passar disso até o casamento, também descarregava de outra forma, o que também era um pecado frequente nas confissões antes de "ministrar"), tal como usar uma droga para fugir dos meus problemas, era assim que me viciava na "i"greja!

Mas, como disse, não posso ser ingrato nem com os beijos, frutos de imaturidade, nem com a experimentação religiosa e relacionamento com Deus de outrora, frutos de ingenuidade! Foram experiências que me trouxeram aprendizado e sensações arrebatadoras... mas, que não posso mais desfrutar porque cresci... e aprendi que não posso fugir da vida e achar que estarei seguro no interior de um templo, no ócio de um culto ou no ativismo de um ministério!

Agora sei que a Presença de Deus se faz em mim em todo o tempo, e essa noção de Deus Comigo, me ajuda a distanciar o pecado com maior eficiência e autenticidade. Não fujo mais da vida... mas, recebo a proposta de Cristo que veio para que eu tenha vida - viva- em abundância. Isso significa não ceder aos caprichos, problemas e relacionamentos que ela traz e não fugir como um covarde que não tem em quem confiar seu destino. Cristo é comigo, a quem (que) temerei?

Enxergo agora que se o Reino de Deus se resume aos mimos que experimentamos num culto, o mundo estaria sem esperança! Sei que o Reino já se estabelece nas nossas vidas à partir do momento que acedemos que Cristo reine em nós, tornando-nos Sua moradia! E implantando o Seu Reino aqui na Terra para que, quando Ele regresse, seja como no Céu!

Hoje, não preciso experimentar beijinhos (ou amassos) escondidos com cada gatinha diferente por aí, tenho com quem me RELACIONAR em compromisso, confiança e fidelidade. Hoje não preciso me entorpecer num ambiente sagrado achando que estou me relacionando com Deus... e esperar uma semana para experimentar outra vez a mesma sensação! Não preciso de lugar, hora, dia, ou programação com gente para me RELACIONAR com Deus!

Nem só de sensações boas viverá o homem...



by Thiago Mendanha


no blog Tomei a pílula vermelha Via Pavablog

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cristianismo Instantâneo

Todo mundo já comeu aquele macarrão instantâneo que é cozido em água fervente e que em pouco tempo fica pronto. Essa invenção japonesa nos promete um alimento em pouquíssimos minutos, sem contudo, garantir o sabor de uma massa convencional.

Pois é, em nome de uma espiritualidade barata, parte dos pastores brasileiros, tem anunciado de modo ostensivo um evangelho mágico, cujo “poder” é suficientemente capaz de colocar o individuo numa redoma, onde problemas e conflitos não conseguem penetrar. Tais mensagens fundamentam-se na perspectiva de que Cristo torna-nos incólumes diante das lutas e pressões deste mundo. Junta-se a isso, o fato de que o cristianismo instantâneo prega um evangelho imediatista onde a mensagem central é a rápida satisfação dos nossos problemas.

Por acaso você já se deu conta que parte da igreja de Cristo tem feito do Santo evangelho um miojo teológico? É comum ouvirmos em nossos cultos: Venha a Cristo que os seus problemas INSTANTANEAMENTE acabarão; ou aceite a Jesus, que imediatamente que você não terá mais dívidas; ou ainda, encha o seu coração de fé e prontamente receba a cura de todas as suas enfermidades.

Prezado leitor, Jesus jamais nos assegurou uma vida fácil e sem problemas. O fato de termos nos convertido, não nos torna ilesos as crises, ao desemprego, as enfermidades, ou a qualquer tipo de aflição desta vida. Antes pelo contrário, nosso Senhor nos advertiu dizendo: “No mundo tereis aflições, tende bom ânimo, Eu venci o mundo!" (Jo 16.33). Ora, o sofrimento e as aflições são realidades universais do ser humano, e passar por eles não significa dizer que deixamos de estar debaixo da bênção de Deus. O cristianismo instantâneo não consegue entender que Deus se faz presente à dor, a luta e o luto, e que através das dificuldades que a vida nos impõe, Cristo se revela a cada um de nós como sustentador da vida e da existência.

A teologia do miojo é desprovida de uma mensagem equilibrada e saudável, antes pelo contrário, é triunfalista e “burrificada” onde não se tem espaço para aparentes frustrações. Isto posto, é importante que entendamos que problemas na perspectiva bíblica nunca foram sinais da ausência de Deus, antes pelo contrário, problemas sempre foram ao longo da história, preciosos instrumentos do Senhor para o crescimento e amadurecimento cristão. Além disso, nem sempre as repostas e soluções aos nossos dramas e dilemas virão instantaneamente como desejamos, até porque, Cristo nosso Senhor é Soberano para fazer aquilo que bem desejar em nossas vidas e sonhos.

Soli Deo Gloria!


by Renato Vargens


No blog Pulpito Cristão

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Teologia Nissim Miojo.

domingo, 30 de agosto de 2009

No caminho com Isaque

Hoje cedo, por volta de oito horas da manhã, o Senhor me pediu que entregasse Isaque em sacrifício. Não era bem um pedido que eu gostasse de escutar. Na verdade, fora muito bem-sucedida em evitar ouvir a voz do Senhor nesses últimos tempos, envolvendo-me em um oceano de obrigações e atividades “inadiáveis”.

Eu sabia que ele estava com saudades. Até um pouco enciumado. Sabia que esperava ocasião propícia para falar e ser ouvido. O momento ideal. O quarto secreto. Mas eu fugi, inconscientemente, fugi o quanto pude. Preferi exercer um pouco mais a ilusão do controle, a autosuficiência. Preferi cultivar um pouco mais os instantes de dúvida, que tanto nos confortam. Porque as certezas costumam ser tão definitivas. Enquanto estamos em dúvida é cômodo e até prazeroso arriscar e errar, sem culpa.

Mas quando Deus fala e nos convence – porque quando ele fala, a não ser que sejamos muito cabeças-duras, ele invariavelmente nos convence _ a certeza vem e, com ela, as coisas complicam para o nosso lado. Uma nova atitude nos é requerida. Uma mudança de rota ou mesmo uma perseverança na mesma rota, mas que nos causa desconforto, porque melhor nos seria seguir em outra direção. Quando Deus fala, sua voz se sobrepõe às nossas muitas vozes, e nesse instante é pegar ou largar. Obedecer ou dar de ombros.

A passagem do livro de Gênesis que narra a entrega de Isaque no Monte Moriá é uma das mais espantosas de toda a Escritura. Isaque é o filho único de Abraão. Mas não se trata apenas de um filho. Isaque é o encontro pelo qual Abraão esperou a vida inteira. É o significado de sua existência, numa cultura em que um homem sem filhos é um homem sem história, sem descendência.

Isaque é o zênite de uma trajetória com muitas passagens que se dão no escuro. Que começa, em si, na escuridão de uma noite no deserto, quando um homem se deita num travesseiro de areia a fim de contemplar estrelas. Ele olha, do terreno seguro de sua tenda, a imensidão de um universo inescrutável, e, no vazio, recebe uma promessa: mais que essas estrelas será a tua geração, homem de fé.

Na escuridão daquele deserto, Abraão recebe Isaque em promessa e por ele espera durante 25 anos. Isaque é mais que um filho, portanto. É a luz que finalmente brilha no fim do túnel de sua velhice. Abraão tinha cem anos quando Isaque nasceu.Entregar Isaque em sacrifício pode ser lido, então, como renunciar àquilo que atribui significado a nossas vidas repletas de incertezas e de vazios.

Para Abraão, Isaque era ainda uma pessoa com quem ele podia dialogar serenamente. “Os dois caminhavam juntos.” Havia respeito e cumplicidade. Havia afeição, amizade e admiração. Abraão olhava para Isaque e via nele o objeto de seu amor, o milagre e o poder de Deus. Isaque olhava para o pai e via nele um companheiro com quem tinha prazer em caminhar.

Se Abraão amava a Isaque mais do que tudo, é certo que Isaque também amava Abraão com profundo amor. Com ele, podia conversar sem medo. “Pai?” “Sim, meu filho.” “Está tudo aqui, a madeira, o cutelo, a corda. Mas onde está o cordeiro para o sacrifício?” Havia entre eles liberdade e graça. Isso torna a cerimônia do holocausto um capítulo ainda mais dramático e quase totalmente incompreensível.

Afinal, o Deus que pede a Abraão o único filho não é criatura sádica e deceptiva, que primeiro dá apenas para ter o prazer de tirar. Um déspota que esfrega as mãos e finaliza suas frases com uma gargalhada diabólica: “Vamos ver se me obedece, ra ra ra!”

Ainda assim, não parece terrível que nessa ocasião ele não se importe em ficar parecido com Moloque, o deus pagão que pedia crianças para serem queimadas vivas nas mãos fumegantes de suas gigantescas estátuas? Como permitiu-se identificar com tão temível criatura? Por que não se importou em constranger o pobre Abraão a esse vexame? E por que cargas d´água vem agora pedir de mim que entregue, eu mesma, o meu Isaque? Por que não posso mantê-lo? Ele não tem nada melhor para fazer nesta segunda-feira chuvosa? Não tem crianças pobres para salvar, guerras para exterminar?

Sacrificar aquilo a quê nosso coração se apegou com amor já seria difícil o bastante. Que dirá entregar no altar sagrado da renúncia aquele que a nós também dirige um olhar de afeto. Ou aquilo que nos confere valor? Ou aquela causa que nos dá sentido à existência? Pode ser uma pessoa, um trabalho, um partido político, um amor ou uma amargura antigos. Porque ódios antigos também dão sentido à existência de muitos. Isaque, então, pode ser tudo aquilo que ocupou um espaço demasiado grande em nosso coração, a ponto de nos tirar a paz e de provocar ciúmes no Senhor.

O Monte Moriá, contudo, não é destino de covardes. E a travessia até ali é uma jornada de três dias. Eram cerca de 80 quilômetros, a pé, até o local do sacrifício. Três dias é tempo suficiente para repensar o significado de Isaque e entender por que o Senhor, vez ou outra, nos faz esses pedidos tão contundentes.

Três dias é tempo suficiente para sofrer a aflição da entrega, morrer a morte da cruz (“nega-si a si mesmo e segue-me”) e ressuscitar um ser humano renovado. Mas Abraão, diz o livro de Hebreus, acreditava que Deus poderia trazer o filho de volta à vida. Ele tinha uma promessa de descendência “mais numerosa que as estrelas do céu”. Ele sabia onde estava pisando, embora isso não diminua sua experiência de desapego.

E eu, Senhor, tenho o quê? Você me pede que entregue Isaque, mas não me promete nada em troca? Isso soa meio injusto para mim.

Por enquanto, ele me oferece sua companhia durante a travessia. Mais adiante, poderá me mostrar um pouco mais. Não é conveniente que eu o saiba agora.

Decido obedecer e esperar. Baixo as armas. Coloco a lenha sobre o altar. E vou morrendo um pouco enquanto tomo o menino pelas mãos.



by Marília Cesar


sábado, 29 de agosto de 2009

Deus presente, mesmo que não O veja.

“Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras.” (Dn 10:12)

Este versículo ilustra bem como um homem que propõe em seu coração servir ao Senhor com toda sua vontade e sinceridade não fica sem orientação e auxilio no que deve fazer.

A vontade de Daniel era agradar a Deus e assim ia vencendo as barreiras que apareciam em seu caminho.

Amava o seu povo e o seu Deus, sua fé era sua regra de vida, desta forma cumpria honestamente com o seu dever sendo um bom político (raro heim).

Este jeito de ser despertou muito ciúmes, inveja entre os políticos e religiosos que o cercavam, armaram uma cilada e assim Daniel preferiu encarar a cova dos leões a perder sua fidelidade com seu Deus.

Além de receber o livramento da cova dos leões, foi recompensado com uma série de visões e revelações sobre o futuro, o sofrimento de Israel, a redenção através de Cristo, sobre a ressurreição dos mortos e do fim da atual dispensação.

Um belo exemplo para não deixarmos o medo tomar conta de nossos corações, se nossa decisão em viver com Cristo já foi tomada, devemos insistir em buscar o entendimento na Palavra e humilhar-nos diante Dele.

Com certeza, nossas palavras serão ouvidas, e a resposta virá...

O Deus de Daniel é o nosso Deus!


Amem



by Marcelo eee Eunice



Figura, no blog da Carolina Pontes