O Poder da Palavra de Deus

"Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão".
Mateus 10:34-42

"Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo". Malaquias 4:1

"De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.
Esquadrinhemos os nossos caminhos, e provemo-los, e voltemos para o SENHOR.
Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas".
Lamentações 3:39, 40, 57

"E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus,
E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. (...)
Cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação".

Romanos 4:20-25



segunda-feira, 12 de abril de 2010

Há tempo (perdido) para tudo

Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou
Para tudo há uma ocasião certa
Mas tenho muito tempohá um tempo certo para cada propósito debaixo do céu
Temos todo o tempo do mundotempo de nascer e tempo de morrer

Todos os dias antes de dormir lembro e esqueço como foi o dia
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou
Sempre em frente
Deus pôs no coração do homem o anseio pela eternidade
Não temos tempo a perder
Não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem

Nosso suor sagrado é bem mais belo que esse sangue amargo
Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga?
E tão sério
Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão
E selvagem. Selvagem.
todos têm o mesmo fôlego de vida
Selvagem
e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade

Veja o sol dessa manhã tão cinza
Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos
Descobri também que debaixo do sol: no lugar da justiça havia impiedade
Então me abraça forte
Comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho é um presente de Deus
E diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo
tempo de procurar e tempo de desistir

Temos nosso próprio tempo
tempo de chorar e tempo de rir
Não tenho medo do escuro mas deixe as luzes acesas agora
tempo de abraçar e tempo de se conter

O que foi escondido é o que se escondeu
tempo de procurar e tempo de desistir
E o que foi prometido ninguém prometeu
nada se pode acrescentar, e nada se pode tirar
Nem foi tempo perdido
Tudo o que Deus faz permanecerá para sempre

Somos tão jovens... tão jovens.
Deus fará renovar-se o que se passou
Tão jovens
Para tudo há uma ocasião certa

by Renato Russo & autor de Eclesiastes (capítulo 3)

Colagem by Sérgio Pavarini

domingo, 11 de abril de 2010

Glória Perez e glória a Deus

A escritora e novelista Glória Perez — que teve a sua filha Daniela Perez barbaramente assassinada no início dos anos 1990 — escreveu o seguinte em seu blog (http://gloriafperez.blogspot.com/):

“E por falar em Miriam Brandão... Um dos seus assassinos, o Wellington, teve a pena extinta e virou pastor: já é dono de 3 igrejas!!!! Sequestrou, incendiou viva uma criança de 5 anos, e hoje ganha a vida contando seu feito! Aliás, Guilherme de Pádua também! Com todo o respeito aos fiéis iludidos, parece que se tornou final de carreira para psicopatas assassinos virar pastor!”

Como evangélicos e espirituais, devemos ter discernimento e julgar bem, segundo a reta justiça, todas as coisas (1 Co 2:15; Jo 7:24). Eu posso não concordar com o posicionamento de uma pessoa não-evangélica em muitas coisas, mas tenho de reconhecer quando ela tem razão. Afinal, até o Senhor Jesus, ao ouvir uma pecadora, respondeu-lhe: “Disseste bem” (Jo 4;17).

Glória Perez tem razão em seu desabafo. Ela teve a sua filha assassinada, e com requintes de crueldade. E tem todo o direito de ainda estar angustiada e indignada com a benevolência da lei brasileira para com pessoas que cometem crimes tão bárbaros contra a vida humana.

Eu não tenho dúvida de que o Senhor Jesus perdoa e transforma os mais vis pecadores. Ele é misericordioso e piedoso. E ao infrator crucificado, ao seu lado, Ele disse: “hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43). Entretanto, isso não significa que os criminosos não devam pagar pelos seus crimes na terra.

Penso que alguém que queima uma criança, como Miriam Brandão, ou que assassina brutalmente uma jovem, como Daniela, como fizeram os criminosos mencionados por Glória Perez, mereça, no mínimo, prisão perpétua. Não estamos falando de um homicídio culposo, de um acidente ou de um assassinato em legítima defesa. Estamos falando de homicídio duplamente qualificado! Estamos falando de crimes em que houve intenção de matar! Os pais nunca mais verão os seus filhos. É justo que os criminosos sejam soltos depois de poucos anos e tenham uma vida normal e até zombem da família enlutada?

A lei brasileira, como eu já disse, ainda é suave em relação a crimes hediondos, a despeito de ter melhorado um pouco — o que ficou comprovado no julgamento dos Nardoni. Mas veja se nos Estados Unidos criminosos como Charles Manson, assassino da atriz Sharon Tate, em 1969, foi solto. Para os estadunidenses seria inconcebível um criminoso desse naipe ser solto e tornar-se um pastor. E os criminosos acima estão para os brasileiros assim como Manson está para os norte-americanos. Ou não?

Glória Perez parece ter alguma antipatia pelos evangélicos, talvez por causa dos mercantilistas que se dizem evangélicos. Mas no episódio em apreço ela não generalizou. Não quis dizer que todos os pastores são criminosos. Prova disso é o que escreveu, na mesma postagem: “quem ofende os pastores sérios são esses criminosos que se utilizam de uma carreira respeitável para acobertar sua psicopatia e lucrar com os crimes cometidos”.

Na verdade, Perez quis mostrar a sua indignação quanto ao fato de as igrejas evangélicas (ou pseudo-evangélicas, em alguns casos) aceitarem como pastores assassinos condenados, principalmente aqueles que cometeram crimes de grande repercussão. Já pensou se os Nardoni resolvessem fundar uma igreja, ao saírem da prisão? E, se Susane von Richthofen se tornasse uma “pastora”?

Sou obrigado a reconhecer que boa parte dos pastores e pregadores ex-assassinos gostam de contar os seus feitos da vida do crime. Lembro-me de que, na minha adolescência, o povo dava glória a Deus ao ouvir um ex-bandido dizer de boca cheia: “Não me perguntem sobre quantos eu matei. Perguntem-me sobre quantas almas já ganhei para Jesus”.

Sinceramente, tenho ojeriza desses testemunhos que exploram a vida pregressa das pessoas. Muitos fazem até cartazes: “Fulano de tal, ex-assassino, ex-ladrão, ex-estuprador, ex-pedófilo, ex-traficante, ex-pederasta”. Meu Deus! Se eu tivesse causado males à sociedade, no passado, jamais desejaria contar isso em pormenores! Faria como o apóstolo Paulo, que preferia dar ênfase à sua nova vida com Cristo, deixando claro que “as coisas velhas já passaram” (2 Co 5:17).

Eu defendo a prisão perpétua para quem comete crimes hediondos. E também reconheço que o Senhor Jesus tem transformado verdadeiramente a muitas pessoas que viviam no mundo do crime, não tendo em conta os tempos da ignorância (At 17:30). Mesmo assim, sempre duvidarei daqueles que se dizem ex-isso-e-ex-aquilo. Nunca deixaria a minha filha sozinha, por exemplo, com alguém que tenha histórico de abuso de crianças só porque ele se diz pastor ou evangélico. Por quê? Porque duvido de sua conversão? Não. Simplesmente porque sou prudente e amo a minha filha.

Criminosos que se sentem verdadeiramente regenerados por Deus e estão soltos — em razão da complacente lei brasileira —, podendo inclusive ter o privilégio de falar nas igrejas e em programas de TV, deveriam também ser prudentes. Em vez de usarem o seu passado como chamariz, em seus testemunhos, deveriam dar a Deus toda glória por Ele ter usado de graça e misericórdia para com eles.

Pela sua graça, Deus nos dá o que não merecemos: a vida eterna e a certeza de que estamos perdoados. E, pela misericórdia, Ele não nos dá o que merecemos: a morte e o inferno (Rm 6.23). Glória a Deus!

Em Cristo, que é amoroso e justo,

by Ciro Sanches Zibordi

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Coisas que os cristãos gostam

Jonathan Acuff é um humorista e autor cristão americano. Em 21 de março de 2008 ele criou um blog, que virou site depois. O objetivo era simples, fazer uma lista das coisas que os cristãos mais gostam de fazer e comentar sobre elas. O site convidava os visitantes a darem sugestões e assim foi aumentado a lista.

Depois de o blog receber 730 mil visitas desde a criação, a editora Zondervan resolveu publicar o material em formato de livro e audiolivro. Ele escolheu 120 "coisas" para a versão impressa, sendo 80 inéditas até então. São 208 páginas que incluem os comentários do autor e parte dos comentários do blog. No dia do lançamento do livro (1/04/2010) o blog já contava com 740 itens. Sua lista/livro inclui uma série de pregadores/autores famosos, filmes e músicas. Vários ítens não fazem sentido na nossa realidade, pois são característicos da cultura cristã americana. Mas Acuff também enumera coisas que vemos por aqui. Segue uma seleção retirada da lista dos 500 mais comentados disponível no site:


#1 - Tentar dar um ar cristão a idéias e produtos populares

#10 - Objetos de decoração cristãos de gosto duvidoso

#12 - Criar fórmulas para melhorar de vida em "X" passos

#14 - Tratar a Deus como seu namorado

#27 - Falar sobre cristãos famosos

#29 - Não dançar

#31 - Falar palavrão só de vez em quando

#34 - Sutilmente tentar descobrir se outros irmãos também bebem

#39 - Dar opinião sobre algo que não conhecemos

#53 - Dizer "Vou orar por você" e não orar

#64 - Ter medo que o arrebatamento venha antes de você casar

#65 - Colocar versículos na assinatura do seu email

#69 - Ter um lugar reservado na igreja

#80 - Resolver tudo com "mais oração"

#81 - Chamar fofoca de pedido de oração

#94 - Bíblias de estudo com diferentes especialidades

#101- Deixar qualquer um tocar no louvor

#105 - Desejar que seu testemunho de conversão fosse mais emocionante

#107 - Domingos

#116 - Dizer "vou orar sobre isso" como sinônimo para "não"

#121 - Achar que Deus vai lhe dar um chamado seguido de muitos detalhes

#134 - Usar a Bíblia para evangelizar pessoas que não acreditam na Bíblia

#149 - Boicotar coisas "anti-cristãs"

#150 - Dizer que está "esperando em Deus"

#158 - Não usar o nome da pessoa, chamá-lo apenas de "pastor"

#170 - Repassar emails com mensagens cristãs

#188 - Julgar a fé de alguém pelo número de versículos sublinhados em sua Bíblia

#206 - Mandar recados para o diabo

#225 - Transformar os diáconos em agentes secretos

#238 - Desejar que tivesse se divertido mais antes de se converter

#259 - Pensar que fé é um evento

#276 - Fazer coisas supersantas para Deus

#302 - Prosperidade

#303 - Doar coisas inúteis para a igreja

#317 - Dizer aos outros que o sermão do domingo foi direcicionado a eles

#335 - Comparar a vida cristã com Red Bull (te dá asas)

#347 - Usar fé como moeda para negociar com Deus

#362 - Filmes evangélicos, como "Desafiando os Gigantes"

#367 - Pedir dinheiro na igreja

#374 - Emoticons cristãos como "<)><".

#375 - Esquecer quem nós somos

#383 - Fazer ameaças cristãs por carta ou email

#393 - Colocar adesivos cristãos (como o do peixinho) na traseira do carro

#402 - Pensar que Deus está muito longe de nós

#405 - Dizer "a Bíblia" sempre que alguém pergunta qual o melhor livro que você já leu

#429 - Tratar Deus como uma máquina de fazer suco

#433 - Afirmar algo que Deus nunca disse em sua Palavra

#445 - Criar um "ambiente cristão" no seu escritório

#449 - Perguntar a si mesmo se só crer em Deus é o suficiente

#471 - Dormir no culto

#482 - Falar sobre o fim do mundo

#497 - Dar nomes bíblicos aos filhos

#500 - Fazer listas


Fonte: Stuff Christian Likes via Pavablog

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio

A passagem do Novo Testamento que me levou a pensar no que escrevi nesta reflexão foi aquela em que o Mestre curou o criado de um centurião romano.

O texto é fantástico como tantos outros apresentados nos evangelhos!

Mas dois versículos que sempre passam despercebidos são centrais em todo o contexto daquele momento vivido pelo Senhor Jesus.

Refiro-me aos versículos 11 e 12, nos quais Ele diz: “... muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes”.

Um fundamentalista imediatamente diria: claro, muitos virão e se assentarão à mesa com os patriarcas se se converterem a Jesus Cristo. Contudo há uma observação simples para ser feita. O Mestre não diz que muitos virão e se converterão; Ele apenas diz que muitos virão e tomarão lugares.

Mais simples ainda fica essa leitura, quando se observa com cuidado a importância do centurião nessa história. Ele é a chave de tudo e a sua fé é o ponto de partida.

É importante lembrar que o centurião não era nem judeu nem discípulo de Jesus, logo não era membro do Judaísmo, muito menos do Cristianismo que ainda nem existia. Possivelmente, aquele centurião, como todo bom e autêntico soldado romano, era adorador de vários deuses e provavelmente do imperador romano. Numa linguagem cristã, ele era pagão, numa linguagem mais coerente, ele era um religioso politeísta.

Há ainda a hipótese de que nem religioso politeísta ele era, mas apenas um homem que de judeu e de seguidor de Jesus não tinha nada.

Uma segunda observação: ele não se torna cristão após a cura de seu criado. O texto nem relata isso, pois se ele tivesse se convertido, certamente estaria relatado. Mas não, ele permanece na condição religiosa em que se encontrava quando foi procurar ao Mestre.

Portanto, o que um texto deste, se lido a olho nu, sem as lentes da religião cristã, sem os óculos da teologia sistemática ortodoxa e sem os pré-conceitos do fundamentalismo, poderá significar a não ser que Jesus Cristo é o Caminho, a religião – e aqui entra o Cristianismo também – o desvio, e a Graça o meio através do qual Deus salva o ser humano, seja ele alguém que se converterá em algum momento ao Evangelho ou não?

Neste sentido, não dá mais para afirmar que um ser humano que passa a sua vida inteira sem frequentar uma “igreja de crentes”, irá para o inferno só porque não teve tal experiência. Graças a Deus, em muitos casos, pois há pessoas que quando resolvem freqüentar uma denominação evangélica se tornam loucas, manipuladas, bitoladas, cegas espiritualmente, enganadas, alienadas, bestializadas, e tudo o que for possível entrar nesta lista, menos alguém que de fato conheceu e compreendeu o Evangelho da Graça.

Com isso, quando muitos se convertem às “igrejas de crentes”, acreditam que estão no Caminho, quando na verdade estão no desvio. Têm uma facilidade enorme para apontar quem vai e quem não vai para o Céu, contudo, não se percebem como pessoas que carecem da Graça de Deus ainda mais, pelo simples fato de serem pessoas que não sabem fazer outra coisa, a não ser julgar o próximo.

Nisto creio e afirmo com todas as letras: Cristo é o Caminho, pois é capaz de salvar e ver fé genuína em um centurião romano, adorador de deuses estranhos, pagão e adorador do imperador, mas o Cristianismo é o desvio, pois consegue maquiar-se com as belezas sublimes do Evangelho, mas vive uma religião semelhante à dos fariseus dos tempos de Jesus, que eram zelosos e ortodoxos no que se refere à obediência ao texto, mas cegos na prática, sobretudo, por julgarem com facilidade, seres humanos que eram tão imperfeitos quanto eles.

Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois este pratica as maiores e mais terríveis atrocidades em nome de Deus; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois este ensina as pessoas, a ingênua e inocentemente negociarem com Deus a fim de conseguirem prosperidade financeira, como se Ele tivesse interesse em enriquecer materialmente os seus filhos; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois burra e admiravelmente se tornou a religião que menos entendeu os ensinamentos de seu próprio fundador – se é que Jesus foi o fundador desse negócio – ; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois consegue levar as pessoas a acreditarem que os não-cristãos irão para o inferno só porque não se tornaram cristãos, como se Deus só pudesse salvar pessoas por meio de experiências religiosas dentro das “paredes” da religião cristã; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois este em vez de tornar a caminhada cristã uma caminhada de liberdade e descanso, torna-a ainda mais penosa, turbulenta, repleta de regras e cargas a serem carregadas; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois em vez de manter as pessoas que acreditam estarem servindo ao Jesus apresentado nos evangelhos, consegue desviá-las a qualquer outro caminho que não é o Caminho da Graça de Deus em Cristo.

Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, por tantos outros e infindáveis motivos! Cabe agora a criatividade de cada um para continuar nesta reflexão, se é que para enxergar as discrepâncias existentes entre Cristo e o Cristianismo, seja uma tarefa que exija muita criatividade. Penso que não.

na Graça,


segunda-feira, 5 de abril de 2010

"A existência de Deus foi confirmada pelas tabelinhas de Pelé e Tostão."

Uma colagem de frases do criador do Jornal Nacional resume a vida, o estilo e a paixão pelo esporte do grande cronista.

"Achava que estava sem horizonte em Xapuri. Saí do Acre com 17 anos. O Acre é uma magia. É o único estado que é brasileiro por devoção. É uma causa da humanidade. Cheguei ao Rio de Janeiro em setembro de 1944. Nunca tinha visto mar, asfalto, bonde e automóvel. Só tinha conhecido um carro na minha vida. Minha intenção era continuar a carreira de pilotagem, iniciada no aeroclube de Rio Branco. Voar de ultraleve não é um acaso na minha vida. É destino. Troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas. Mas tenho a alma, a palma e o coração de jornalista.


Também tenho sorte. Em junho de 1954, depois da derrota do Brasil para a Hungria na Suíça, eu esperava no vestiário quando ouvi um barulho enorme no túnel. Era uma pancadaria generalizada. Enfiei uma câmera pelo basculante do vestiário e fotografei, sem querer, o Zezé Moreira, que era técnico da nossa seleção, arremessando uma chuteira no rosto do ministro de Esportes da Hungria. Se eu não gostasse tanto da vida, esse seria um bom momento para morrer. Fiquei bastante popular entre os jornalistas.

Na madrugada de 5 de agosto, menos de quarenta dias depois, eu estava entrando em casa quando presenciei o atentado contra Carlos Lacerda. Pedi ao Pompeu de Souza, secretário de redação do Diário Carioca, para não fechar a edição. Ele determinou que eu redigisse a reportagem na primeira pessoa do singular. Foi a primeira vez que se utilizou no Brasil essa técnica jornalística.

Gosto de política, mas prefiro esporte e, entre todos os esportes, futebol, o mais vibrante universo de paz que o homem é capaz de iluminar com uma bola, seu brinquedo fascinante. Bola é magia, bola é movimento. Brinquedo mágico que se submete suavemente à vontade do homem. Por isso, respeitemos no árbitro, ao menos, o sofrimento de estar ele no meio da brincadeira sem poder brincar.

Brincar com a bola é descobrir a harmonia e o equilíbrio do universo. A Terra é redonda (e gira em torno de Pelé). Deus é esférico. A existência de Deus foi confirmada pelas tabelinhas de Pelé e Tostão. O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela. Futebol é uma religião pagã, em que as pessoas se encontram para adorar a bola.

Para entender a alma do brasileiro, é preciso surpreendê-lo no instante de um gol. Nosso povo não canta o hino no dia 7 de setembro, mas sim quando a Seleção joga. É nesse momento que sua manifestação cívica é mais ardente. Amar um clube é muito mais que amar uma mulher. Ao longo da vida, troquei de namorada, sei lá, mil vezes. Jamais trocaria o Botafogo, nem por outro clube nem por nada neste mundo.

Um dia, consumido de saudades botafoguenses, escrevi um breve poema sobre Nilton Santos: ‘Tu em campo parecias tantos / e, no entanto - que encanto -, eras um só: Nilton Santos!’. Nilton não era um jogador de futebol, era uma exclamação. Minha memória é um feixe de deslumbramentos. Fui mal acostumado pela contemplação da utopia.

Vi Pelé, tão perfeito que, se não tivesse nascido gente, teria nascido bola. Vi Garrincha, para quem a superfície de um lenço era um enorme latifúndio. Driblar com as pernas tortas, e driblar como ninguém, eis o mistério de Garrincha que eu não ouso explicar. E vi Didi, de chute oblíquo e dissimulado como o olhar de Capitu. Vi o Real Madrid dos anos 50, mas vi sobretudo o Santos e o Botafogo da virada daquela década.

Nos jornais e na TV, passei a vida procurando palavras, não necessariamente a mais bela, mas a exata. A palavra é como o ser humano: nasce, cresce e morre. Mas tem sobre nós a vantagem do renascer. Sofro tanto no processo da escrita que hoje acho que muito melhor que escrever é ter escrito.

A TV conjuga um verbo irresistível que é o verbo mostrar. Fazer o Jornal Nacional tornou-se rotineiro, mas certos fatos obrigam um jornalista a celebrar de joelhos o fato de estar vivo. A chegada do homem à Lua, por exemplo. Ou a vitória do Brasil na Copa de 70. Aquela e a de 58 foram as mais românticas das seleções. Qual teria sido a mais perfeita? Fico com a que triunfou na Suécia. Reluzia e suava. Suava e reluzia. E o ataque juntava nada menos que Pelé e Garrincha.

Não sei o que virá depois, mas tenho uma desconfiança: quem morre muda, e quem muda melhora. Tenho notado que os meus amigos que morreram melhoraram com a morte. Eu não a desejo, mas também não vejo na morte o fim do mundo. É só uma grande mudança. E pode ser o começo de outro mundo."


by Armando Nogueira


Fonte: Revista VEJA

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu sei o sentido da Páscoa

Diante de tantos coelhos, ovos, chocolates e do famigerado apelo comercial, o que nos resta da Páscoa? Na verdade a pergunta não seria essa, pois essas coisas supracitadas que são o resto (Mt 6:33)!

Para aquele que crê no Redentor de nossas vidas, a Páscoa tem um tempestivo significado: o sacrifício (Ef 5:2) e ressurreição (1Pe 1:3) de Jesus Cristo.

O primordial desse sacrifício, foi o impacto que causou na vida de todos nós. Pois sacrifícios, existem muitos na história da humanidade. Contudo o sacrifício de Jesus é único, haja vista, que foi um sacrifício para salvar toda a humanidade, e não só um grupo ou etnia. E seria muito heróico, eu ou você, querermos morrer para salvar a humanidade da condenação eterna, sobremaneiramente não teríamos poder para tal. Jesus tinha (tem), pois ele é o Cordeiro de Deus (1Pe 1:19). Ele tinha (tem) esse poder porque era o próprio Filho unigênito de Deus, o Criador (Jo 3:16). Ele era (é) o próprio Deus! (Jo 12:45) E quem tem poder maior do que o Todo-Poderoso?

Entendendo todo o propósito da criação desde o Éden até hoje, fica fácil entender o que a Páscoa realmente significa para mim e para você.

Agora tem mais sentido e ficou mais emocionante comer o meu ovo de páscoa: Vou celebrar que o MEU REDENTOR VIVE! (Jó 19:25)

Obrigado, Jesus!

publicado pela primeira vez em 08/04/09

quarta-feira, 31 de março de 2010

Marketing Evangélico. Evangélico? Sério?! (Jesus era o fiasco do marketing.)

Vendo TV e notícias na internet, logo constato que os programas e eventos organizados pelas igrejas estão ficando cada vez mais exóticos e excêntricos. Os apelos evangelísticos lançados ao proselitismo nos templos e nas ruas pelos novos pouco menos de 20% de evangélicos que ganhamos nos últimos anos têm mudado a cara da igreja cristã e rompido com os velhos paradigmas.

Não consigo enxergar muita semelhança na mensagem e no modo de transmiti-la quando comparo as igrejas modernas com Jesus Cristo. O evangelismo acelera para a bancarrota total da apostasia, uma vez que tem buscado agradar e refletir mais os anseios egoístas dos homens do que a Deus e sua palavra.

Jesus era o fiasco do marketing. Ele era aquele que, a julgar pelas estratégias e métodos de propaganda e divulgação atuais, deveria ter sido o aluno esquisito, o irrritante, o do contra, o baderneiro do fundão da sala de aula – o irônico e politicamente incorreto. E o motivo é muito simples: enquanto as igrejas tentam propagar o evangelho tornando-o mais apetecível, cômodo, promissor e atraente para os seus “consumidores”, “usuários”, “espectadores” e “clientes”, Jesus fazia o contrário: ele praticamente “espantava” os aspirantes a seguidores valendo-se de desafios, dificuldades e exigências, fazendo com que muitos deles, especialmente os mais ambiciosos, tímidos, interesseiros e intransigentes desistissem antes mesmo de tentar segui-lo.

Ele era péssimo propagandista. Conseguiu arrebanhar, confundir e dispersar multidões, irritar autoridades, expor o verdadeiro caráter de seus contemporâneos, dividir uma religião e desprezar todas as demais (pondo-se como único camnho para Deus) e contrariar o mundo.

Ele estabeleceu uma nova ordem, apresentando-se como servo e como Deus: o Caminho, a Verdade e a Vida, o Salvador do Mundo: o que o distinguia de todos os outros que o antecederam. O Homem era uma dinamite implodindo o sistema. Conseguiu a proeza de, mesmo sendo muito carismático e acessível a todos, diminuir o número de seus seguidores de setenta e dois para doze, sendo que um deles, desde o princípio, era um joio do mal, e, mesmo assim, antiestrategicamente (em relação ao marketing), foi escolhido por ele, para tentar destrui-lo.

Jesus terminou sua vida terrena numa cruz, deixado por quase todos os que o seguiam, exceto alguns de seus discípulos, sofrendo vexame e sevícias, abandonado até mesmo por Deus – tudo por causa do nosso pecado.

Ele afirmava pregar um tal “evangelho”, o qual tornou-se obsoleto e desprezível para uma multidão controvertida que o afirma seguir hoje, a qual se denomina com a palavra que designava aquele ensinamento (“os da boa-notícia”), sem, entretanto, guardar identidade ideológica e prática com ela – antes contrariando-a, e perdendo, assim, o rumo e a essência da palavra do Senhor.

Ele não usava “jingles” nem “slogans” e apresentava os entraves à sua mensagem até mais enfaticamente do que as benesses prometidas; atraía pessoas de má-fama e censurava pessoas de boa fama; exigia mudança de vida e renúncia total, perfeição de caráter e de coração; exaltava os que passam por dificudades e lhes prometia a solução de seus problemas – mas não nesta vida, que lhes guaradava provações; garantia a todos que o seguissem que não seria fácil, que se conformassem com o pouco, que dependessem da fé em Deus, e, ainda assim, não permitia que se envergonhassem dele e que o negassem diante dos homens; falava de pecado, inferno, redenção, perdão, humildade e novidade de vida... E quem não quisesse deixar tudo para trás, incluindo a própria família, para ser seu discípulo, era julgado indigno: poderia dar meia-volta e ir embora. Jesus era categórico. Com ele não tinha nhe-nhe-nhém, oba-oba, moleza e nem mas.

Hoje algumas igrejas promovem lutas de boxe, de jiu-jitsu, espetáculos, campanhas de promessas de bênçãos monetárias, materialismo, curas instantâneas e sem comprovação, centralização das pessoas em torno de uma casta de líderes de moral e princípios questionáveis, a supremacia do ego, a desimportância do arrependimento, a soberania absoluta e onipotente da fé na fé, o senhorio divino meramente professo, o discipulado da inquestionabilidade pastoral, a abolição do pensamento, o entorpecimento espiritual, a carnalidade do aprender, a maldade intrínseca do prazer, e, quando convém, o hedonismo disfarçado de cristianismo, alianças políticas escusas em busca do poder temporal, um deus subserviente, um salvador mosca-morta e um espírito de baderna, loucura e confusão, um diabo com atrbutos divinos e uma mensagem que agrega indivíduos a empresas de família com fachada de igreja, destinadas a enriquecimento ilícito de seus donos, cobertura de crimes e extorção da fé alheia.

Toda esta cloaca humana, infelizmente, é chamada de “evangelho” hoje. E é divulgada como uma espécie de “commodities” de grife eclesiástica, utilizando-se do melhor (e do pior) que a ciência da propaganda pode fazer. Nada tão oposto ao que Jesus pretendeu.

Como eu dizia, Jesus implodia o sistema para fazer novas todas as coisas. Muitas “igrejas” apenas rebolam para se encaixar no obsoleto sistema mutante da moda humana, que, em breve, será conjugado no pretérito, para sempre, e relegado ao esquecimento eterno, porque já foi condenado e pregado na cruz pelo mais-que-perfeito Verbo Divino, o Autor da história.


by Avelar Jr.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Roriz, o pai de todos

Graças a Joaquim Roriz, candidato ao governo do Distrito Federal pelo PSC, à rotina de escândalos políticos de Brasília, simbolizada pela prisão do governador José Roberto Arruda (ex-DEM), agregou-se o deboche. Desde o dia 23 de fevereiro, Roriz aparece em rápidas inserções do programa eleitoral do PSC, do qual é presidente de honra, para se demonstrar uma inusitada indignação com o esquema de corrupção montado por Arruda e aliados no DF. As falas, visivelmente editadas, tentam compensar a incapacidade de articulação narrativa de Roriz, mas o elemento ofensivo do discurso não está na forma, mas no conteúdo. Roriz, pai de todos os escândalos do DF, nos últimos 20 anos, se diz indignado com o que vê. E não se trata de uma piada.

“É tão vergonhoso, é tão escandaloso e eu fico numa indignação, eu fico numa vergonha meu Deus do céu, como pode chegar nisso aí?”, pergunta Roriz, aos céus. “Mas, por outro lado, eu vejo firmeza na Justiça. A Justiça vai punir, a Justiça vai fazer como ela está fazendo. Então eu fico, por um lado eu fico com profunda decepção, e, por outro, cheio de esperança que a Justiça cumpra seu dever”, ensina o probo ex-senador do PMDB que, ocasionalmente, renunciou para não ser cassado por corrupção.

Joaquim Roriz, goiano de Luziânia, governou o Distrito Federal por quatro vezes, a partir de 1988, indicado bionicamente pelo então presidente José Sarney. Desde então, dedicou-se à construção física de currais eleitorais em forma de imensos e miseráveis assentamentos em torno da capital federal, aos quais se vinculou por meio de distribuição de lotes e por um discurso político populista e messiânico, deliberadamente repleto de erros de português e de citações religiosas. Ocorre que, em nome de Deus, Roriz já fez o diabo.

Contra o ex-governador há o registro de seis notícias crimes e cinco inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se de um rol que inclui desde racismo (chamou um eleitor de "crioulo petista", durante um comício) a improbidade administrativa, falsidade ideológica e crimes contra a fé pública. Mas, enquanto permaneceu no mundinho quadrado do Distrito Federal, Roriz sempre conseguiu se safar, de um jeito ou de outro, ora debruçado sobre genuflexórios das igrejas locais, ora derramado em lágrimas entre cabos eleitorais mantidos nas monumentais favelas que ajudou a criar em torno de Brasília.

Em 2006, Joaquim Roriz, então no PMDB, decidiu se candidatar ao Senado Federal. Embora tivesse uma vice candidata a sua sucessão, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), a quem já chamou de “vadia” em um comício, em 1994, Roriz apoiou o candidato do PFL, hoje DEM, José Roberto Arruda. Foi dessa simbiose, iniciada anos antes, quando Arruda foi secretário de Obras de Roriz, que nasceu o escândalo apelidado de “mensalão do DEM”. Qualquer outra tese sobre o tema é escapista. Não há nada de rigorosamente novo no escândalo de corrupção do DF que não tenha se originado das práticas e das gentes dos governos Roriz. Escândalo que o ex-governador acompanhou de longe, quieto, porque, ao botar o nariz para fora da política local, ele só conseguiu ficar cinco meses no Senado, do qual se afastou, em julho de 2007.

As circunstâncias políticas da renúncia de Roriz são emblemáticas, sobretudo quando se ouve, hoje, o ex-governador botar tanta fé e esperança na força da Justiça. Em 2006, Roriz foi flagrado em escutas telefônicas da Polícia Civil do DF quando negociava a partilha de um cheque de 2,2 milhões de reais com o então presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura. A justificativa de Roriz para o flagrante adiantava o clima de deboche que viria. Segundo o ex-governador, o dinheiro era para pagar a compra de uma bezerra premiada do empresário Nenê Constantino, dono de uma empresa de transporte urbano do DF e da Gol Linhas Aéreas.

Depois da renúncia, a Polícia Civil do DF passou a trabalhar com a possibilidade de o dinheiro de Roriz ter sido oriundo de uma propina milionária por conta da mudança de destinação de um terreno que pertencia a um aliado, comprado por uma das empresas de Constantino. O suplente de Roriz e seu sucessor no Senado, Gim Argello (PTB), é apontado como intermediador do negócio.

A nova ofensiva política de Joaquim Roriz, baseada numa peça de marketing que afronta à inteligência do eleitor do DF, é uma aposta decisiva numa amnésia ainda a ser combinada, não se sabe a que preço, com a mídia local. Isso porque basta passar os olhos pelos nomes citados na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, para perceber, de imediato, a ligação visceral entre as estrelas dos vídeos de corrupção explícita que derrubaram Arruda e os governos comandados por Joaquim Roriz.

A deputada Eurides Brito (PMDB), flagrada enquanto enchia uma bolsa de couro com maços de notas de cem reais, foi secretária de Educação e, depois, líder do governo Roriz. Cargo, aliás, que viria a desempenhar, também, no governo Arruda. Em texto escrito em um blog pessoal, na semana passada, ela acusou o ex-governador de ter ordenado a ela botar a mão na dinheirama. Seria, segunda a deputada, para garantir apoio a José Roberto Arruda, nas eleições de 2006. “Foi um dinheiro que o Roriz mandou eu receber”, afirma Eurides.

O deputado Júnior Brunelli, do PSC, era o parlamentar que organizava o apoio a Roriz entre as lideranças evangélicas do DF. Entre 2005 e 2006, foi presidente da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara Legislativa, cargo-chave para as operações de Roriz no governo, sobretudo no que diz respeito a pareceres para liberação de créditos suplementares para empresas, segundo a Operação Caixa de Pandora, vinculadas ao esquema de corrupção do DEM. Brunelli, que renunciou ao mandato para não ser cassado, ficou famoso por comandar a famosa “oração da propina”, proferida em honra ao corruptor Durval Barbosa.

O deputado Leonardo Prudente (ex-DEM), ex-presidente da Câmara Legislativa, mais conhecido pela alcunha de “deputado da meia”, também presidiu a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Casa, durante o governo Roriz. Também graças a ele, os créditos suplementares da Codeplan eram resolvidos em menos de 72 horas. Prudente também renunciou para não ser cassado.

Welligton Moraes, dito jornalista, coordenava o milionário setor de publicidade de Joaquim Roriz, mesma função que passou a ocupar no governo Arruda, cedido a título de gentileza de um aliado para outro Por ora, Moraes está no presídio da Papuda, em Brasília, acusado de coordenar uma ação para subornar uma das testemunhas do esquema de corrupção do DF.

A simples perspectiva de que Joaquim Roriz possa ser eleito, novamente, governador do Distrito federal, deve ser encarada como sintoma de uma grave doença de caráter do eleitor do DF. Um fenômeno a ser discutido como questão prioritária de educação e de formação cultural, essa sim, a ser cuidadosamente pensada como intervenção federal. A posição de Roriz nas pesquisas revela, até aqui, uma inclinação corrupta dos eleitores do DF, inclusive da abastada classe média de Brasília (que nada tem a ver com a dura realidade das cidades-satélites).

Um pêndulo que oscila entre a ignorância e a má fé, sustentado por uma sinistra certeza de que, por aqui, ladrão não é quem rouba, mas só quem é pego roubando.



by Leandro Fortes




Fonte: Carta Capital em 04/03/2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Evangélico que virou católico que virou espírita que virou budista...

A soberda dos religiosos que acham a sua religião melhor que a dos outros foi esinada por quem? Estou certíssimo que não foi por Jesus Cristo.

Como pode alguém vibrar quando um pastor diz: "Ei, você! Deixarás de ser católico e serás evangélico!". Onde tá escrito que ser evangélico é melhor do que ser católico?

Como é possível uma multidão glorificar (glorificar?) a Deus (a Deus?) quando um padre diz: "Você agora é católico e não mais evangélico". Onde tá escrito que ser católico é melhor do que ser evangélico?

Não sei o que o esse povo anda lendo... tudo que sei, é que não é a Bíblia!

Deveríamos vibrar e glorificar a Deus quando ouvíssemos tal testemunho:

"E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2:1-10)

Não citarei, enumerarei ou rotularei as religiões, seitas, irmandades, mutualismos... pois sabe o que importa? O apóstolo Paulo nos responde: "Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda." (Filipenses 1:18)

É muito comum ouvirmos relatos de que é impossível vencer o pecado com suas investidas tentadoras. Vencer só com Jesus! Podemos suportar todas as aflições com bom ânimo (João 16:33). Ser um reconhecido filho de Deus nos garante vitória sobre as aflições do mundo (1Jo 4:4).

O fato de Jesus ser O Caminho, a Verdade e a Vida deveria ser suficiente para anular essas disputas religiosas. E mais relevante para tal é a evidência bíblica de que Jesus é o Único com o poder de nos religarmos a Deus. Se você faz questão de ser religioso, que sua religião seja Jesus. Não há palavra melhor do que esta:

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
Se me amais, guardai os meus mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis.
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.
Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.
Tenho-vos dito isto, estando convosco.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.
Eu vo-lo disse agora antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim;
Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui." (João 14)

Amém!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Eu sei o sentido do Natal


Mais um ano, menos cabelos e mais um natal... e a mesma ladainha de sempre: presentes e o comércio bombando! Dessa vez, não vou dar uma de chato e falar que o natal é só comércio. Contudo, é muito bom que seja comércio, pois assim as pessoas têm emprego e alegria de comprar e presentear.

Mas chega de falácia e vamos ao que interessa que seja lembrado nessa data: o nascimento de Jesus! Vejam que lindo: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).

É muito relevante para a história da humanidade esse nascimento. Até para os ateus, pois a maioria deles têm registrado em seu documento de identidade a seguinte informação: data de nascimento. Lá diz que ele nasceu, por exemplo, em 11 de janeiro do ano de 1984 depois de Cristo. Ou seja, ele confessa que nasceu depois de Cristo!

Mas seria relevante somente por esse fato? Claro que não!

Concordo que isso seja irrelevante para aqueles que não aceitam o fato da existência de Deus e que Jesus, o Cristo, não é o Deus encarnado na terra dos viventes. É muito duro reconhecer isso sem a fé e sem a transformação que isso poderá gerar em sua existência... é muito mais fácil raciocinar que viemos do macaco... sério!? Eu não! Preferiria ter vindo do cachorro, que é muito mais fiel!

É muito mais difícil compartilhar o raciocício de que Deus me criou e veio através de Jesus me resgatar e endireitar o meu caminho. Mas o que seria esse endireitamento? Ora, o próprio Criador me responde: "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2:1-10).

E de bom grado, primeiramente nos amou: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3:16).

É muito árduo beber deste cálice: se colocar no lugar de alguém que tem o poder de fazer qualquer coisa e se sujeitar a isso: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz".

Com esse propósito: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Filipenses 2:6-11).

Debaixo dessa soberania universal que agradeço o privilégio de dizer: "Eu sei o sentido do Natal, pois na história tem o seu lugar. Cristo veio para nos salvar, o que Ele é pra mim?"

Então, Feliz Natal!


Publicado também em: 21/12/2008 01:30

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Prosperidade é Ganhar Almas

"O povo pobre do mundo, os excluídos das sociedades, não tem fome somente de pão, mas também da humanidade que lhe é negada. Fome do Deus que não exclui ninguém (Atos 10:35 e Romanos 2:11), e que está no meio dos seres humanos "para que todos tenham vida e a tenha em abundância" (Jo 10:10). Para que essa boa-nova possa dar frutos na nossa sociedade, devemos enfrentar outro problema fundamental, que é uma tarefa basicamente teológica: a crítica às teologias da retribuição e da prosperidade. teologias que, de certa forma, dizem que a pobreza e o sofrimento são castigos enviados por Deus aos pecadores e que a riqueza é justa e merecida porque é a benção divina distribuída por meio de mecanismo do mercado. Essas teologias usam o nome de Deus em vão (Êxodo 20:7), sacralizam as injustiças do mundo e anunciam um deus-ídolo que legitima a cultura da insensibilidade e coloca culpa nas vítimas dos mecanismos de exclusão da nossa sociedade".


by Jung Mo Sung
em Se Deus existe, por que há pobreza? p, 95.




CAMPOS BRANCOS

Pr. Antônio Cirilo

Capturado por teu amor
Embalado por teu perdão
Eu me sinto preso a ti
Por laços de amor

Profundo em meu coração
Sinto um fogo de amor por ti
Meu desejo nesta canção é te fazer sorrir

Correrei pelos teus campos brancos
Correrei para te encontrar
E em tua seara, Senhor, te abraçar

Eu compreendo o teu coração
O valor do teu sacrifício
Pelos teus campos brancos, Senhor, eu correrei contigo

by Antonio Cirilo
Santa Geração

sábado, 31 de outubro de 2009

Você quer deixar de ser crente?... Fazes bem!


Pois então, quando eu digo que sou cristão escuto um ruído seguido de espanto, surpresa e tanto de desprezo, quase asco: você é crente? Qual o motivo de tanta aversão? Provavelmente o mesmo motivo que hoje me faz ter aversão disso tudo.Não, eu não sou um ateu, não sou um desviado do caminho nem mesmo estou sofrendo de depressão porque meu “guia religioso” me “colocou” na disciplina... não mesmo, pelo contrário, não há sombra de dúvidas em meu ser em relação a quem eu sirvo, como escravo, não como empregado que espera pelo salário no fim do mês... nunca me senti tão centrado no caminho, mas também nunca me cuidei tanto para não cair... pois não tenho cajado ungido para me firmar nem lâmpada com óleo de Sião para me iluminar o caminho, sobrou-me só a Palavra da Deus, algo pouco usual hoje em dia, afinal, ela mostra o quão necessitado e inútil sou... e por fim, não estou em disciplina... pelo menos ainda não.

Por que então não sou mais crente?

Vejamos. O termo crente, conforme Houaiss, é um termo pejorativo usado no Brasil para, de forma simplória, distinguir católico e protestante... assim, você para se colocar do lado dos que não adoravam imagens dizia ser crente. No entanto, quando perceberam que dentro desse grupo “protestante” (que hoje protesta apenas contra o “mundo espiritual” que pode cerrar as “janelas dos céus” e dificultar a troca de seu carro com 1 ano e meio de uso), existiam diferentes formas de protestar... iniciou-se então uma busca por uma nomenclatura ainda mais específica. Você pode ser protestante/histórico e/ou tradicional ou carismático... mas carismático não pega bem para todo mundo, ainda soa católico demais, então você pode ser evangélico/crente pentecostal... mas aí veio a teologia da prosperidade, pregada como algo cristão apesar de seu teor altamente pagão, místico e demoníaco... mais perverso que o próprio satanismo (se isso é possível)... e criou-se o neo-pentecostalismo... seguido por uma lista sem fim de plaquinhas e jargões de emergentes, independentes, etc... não são cria, mas vieram depois.

Alguém pode dizer... isso é a multiforme graça de Deus... Será mesmo?

Quando a apóstolo Pedro escreve sobre a multiforme graça de Deus, ele diz que ela tem um único propósito, a saber: glorificar a Deus por intermédio de Cristo Jesus.

Responda, mas pense para responder... aqui pensar é um dom de Deus e não uma arma de satanás.

É isso que vemos quando olhamos essa quantidade de crentes sujando as ruas e gritando palavras de ordem (muitas sem nenhum sentido) numa marcha que mais serve para competir com a parada gay e com o desfile militar do 7 de Setembro? É isso que vemos com uma disputa midiática que custa milhões de reais por dia, dinheiro que poderia estar sendo realmente investido para salvar vidas, mas que é usado apenas para se fazer propaganda de feitos humanos? É isso que se prega nos púlpitos, hoje mais assemelhados a palcos do que altares, onde bênçãos são vendidas e não dadas?

Deixar de ser crente hoje não significa juntar-se com aqueles que adoram imagens... afinal, a diferença das imagens do catolicismo para as do protestantismo contemporâneo são apenas na forma e no custo... as evangélicas inflacionaram muito mais nos últimos semestres, está cada dia mais caro comprar uma réplica da arca e o custo da importação do óleo de Jerusalém quase triplicou... mas imagens de gesso da "padroeira-dos-navegantes-perdidos-em-alto-mar" custa o mesmo que em 2003. Deixar de ser crente hoje pode significar abster-se dessa idolatria a mamon, desse desleixo (e até repulsa) com as Sagradas Escrituras e por fim, o libertar-se dessas vergonhas que são muitos dos que se auto-proclamam ministros do evangelho, mas que servem apenas a seu próprio deus e envergonham a cruz de Cristo.



by Daniel Clós Cesar



Orientações Práticas para Odiar o Pecado (20)

Orientação Prática XX

Espere pacientemente em Cristo até que ele tenha realizado a cura, que não acabará até que essa árdua vida chegue ao fim. Persevere na assistência do Seu Espírito e dos Seus meios; pois Ele virá no tempo certo e não tardará. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós com a chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6:3). Ainda que você diga: “Não há cura para nós” (Jeremias 14:19) “Eu curarei sua infidelidade, eu de mim de mesmo os amarei” (Oséias 14:4). “Mas para vós outros que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas” (Malaquias 4:2) “e bem-aventurado todos os que nele esperam” (Isaías 30:18).

"Deste modo, eu dei algumas orientações que podem ser úteis para o ódio ao pecado, humilhação e libertação dele." Richard Baxter



Fonte: http://www.puritansermons.com/baxter/baxter16.htm
Via: Voltemos ao Evangelho
Orientação por Richard Baxter
Tradução da Orientação: Joelson Galvão Pinheiro


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Demais Orientações Práticas
12 Orientações para Odiar o Pecado

Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador! É isso mesmo?

Podemos aceitar que existe um sentido genérico do amor de Deus. Ele demonstra e fala de amor ao mundo, à humanidade, à sua criação. Como calvinista, não tenho nenhuma dificuldade em aceitar isso. Temos que entender, porém, que no sentido salvífico (a salvação eterna da perdição e condenação do pecado) o amor de Deus é derramado exclusivamente sobre o seu povo e, individualmente, sobre os que ele eficazmente chama para si. Sobre aqueles que responderão, ao chamado eficaz, abraçando a Cristo como único e suficiente Salvador.

A frase "Deus odeia o pecado, mas ama ao pecador", entretanto, por mais que seja proferida e repetida, é uma forma simplista de expressar uma situação complexa, pois realmente é impossível separar o pecado do pecador, como se o pecado fosse uma entidade com vida independente, que apenas se utiliza do corpo e da mente do praticante.

Tiago (1:12-15) nos ensina que o pecado é gerado dentro das pessoas, partindo da própria concupiscência, externando sua prática em um relacionamento "simbiótico" (de dependência mútua) com o praticante. Sem barreiras e controles, enfim, sem a redenção, leva à morte.

O pecado é algo odioso em suas manifestações. Estas são verificáveis nas pessoas, pecadoras, sem as quais ele é indescritível e amorfo.

Em Romanos 9:11-18 a Bíblia fala do "aborrecimento" (ódio) de Deus contra Esaú, contrastando com o amor derramado sobre Jacó. Mas a Palavra de Deus expressa em outras ocasiões (além desse caso específico, de Esaú e Jacó) o ódio ("aborrecimento") de Deus a pecadores. Isso ocorre, porque ele é tanto JUSTIÇA como AMOR.

Por exemplo, no Salmo 11:5, lemos "O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência". Veja que ele não odeia somente a violência (inexistente, sem o praticante), mas "ao que ama a violência" - uma pessoa, o pecador.

Em Provérbios 6:16-18 lemos sobre sete coisas que o senhor abomina (odeia): olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre irmãos. Quando lemos essa descrição das "coisas" que o Senhor odeia, vemos que elas não são especificamente "coisas", mas são pessoas que realizam certas ações; a descrição é a de pessoas que Deus abomina. Isso fica bem claro nas duas últimas "coisas" - uma pessoa, ou outra, que é: "testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos".

Não resta dúvida, portanto, que pelo menos nessas instâncias específicas Deus odeia pecadores. Consequentemente, isso deve nos fazer cautelosos de dar uma declaração genérica e abrangente de que ele não odeia pecadores, pois esse ensinamento não pode ser atribuído, dessa maneira, à Bíblia e carece de inúmeras qualificações.



by Solano Portela





Minha opinião: Creio que ninguém será salvo por não pecar. Creio também que odiar o pecado é nossa batalha constante e perseverante. Misericórdia quero e não holocausto!
:
"Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento." (Mateus 9:13)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Orientações Práticas para Odiar o Pecado (19)

Orientação Prática XIX
Coloque todas as providências de Deus, quer a prosperidade ou adversidade, contra seus pecados. Se ele te der saúde e prosperidade, lembre-se que por meio disso Ele requer sua obediência e tem um chamado especial para você. Se Ele te afligir, lembre-se que pode ser algum pecado pelo qual Ele está ofendido; portanto, agarre isso como Seu remédio e veja que você não obstrua essa obra, mas seja diligente, pois isso pode purgar seu pecado.


(Continua...)


Fonte: http://www.puritansermons.com/baxter/baxter16.htm
Via: Voltemos ao Evangelho
Orientação por Richard Baxter
Tradução da Orientação: Joelson Galvão Pinheiro



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Demais Orientações Práticas
12 Orientações para Odiar o Pecado

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quero ser como criança...

Diante de tantos absurdos justificados com a falsa fé, questiono: Quem é Jesus Cristo?

Respondo como criança: Um homem bom que mora no céu e no meu coração e que não me pede novecentos reais para demonstrar a minha fé.

"Quero ser como criança. Te amar pelo que És"

Sou uma criança inteligente e nenhum boboca engravatado vai tirar o dinheiro que o papai ganha com o suor do seu trabalho dizendo que as bênçãos correrão atrás dele. Ouviu bem, homem malvado e ladrão de doces! Humpft!

Papai me ensinou:
"Use sua fé para adorar a Deus e não para mandar Nele. Ele sabe de suas necessidades e irá supri-las no tempo e na hora Dele."

Quando crescer, vou entender o que ele quis dizer com isso!

Meu papai é manêro!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio de Janeiro - Cidade Virtuosa


Lembro-me da primeira vez que fui ao Rio de Janeiro, nem faz tanto tempo assim - foi em 2001. Tinha meus 21 anos e fiquei maravilhado com essa cidade. Fiquei em Jacarepaguá (casa do tio do meu amigo Max). O motivo da viagem foi o Rock in Rio daquele ano, mas a cidade me cativou mais. Linda, linda e linda! Eu, nascido e criado em Brasília, mal sabia o que era uma montanha em plena metrópole. Em Brasília, aprendemos o que é montanha nas trilhas e cachoeiras que cercam aquele quadradinho no mapa do Brasil. Mas na cidade é tudo plano e reto. Por isso, minha primeira impressão foi essa: morros, montanhas e nuvens lambendo cada uma delas. O céu parece até que é mais perto da terra. O sol é mais quente, apesar da brisa que vem do mar.

Fomos ao Corcovado! Aí é que fiquei perplexo mesmo! Parecia coisa de cinema! Que dimensão era aquela?! Meu Deus! Eu cresci numa cidade feita pelas mãos dos homens; concreto, lago artificial; e estava diante de uma cidade totalmente feita pela mão de Deus. Imaginei: essa cidade não precisou de nenhuma obra humana para ser tão linda, pois não é nenhuma edificação humana que a torna única, mas a edificação de Deus. O Todo-Poderoso Criador estaria mais inspirado quando criou o Rio? Quem pode dizer que não?

Na(i)sceu ali a minha ligação com o Rio, creio eu. Não por menos que 4 anos mais tarde conheci minha esposa, carioquíssima! Sabe aquele jeitinho de falar? Ai ai ai... (em outro texto, contarei como nos conhecemos e toda a provisão de Deus para o nosso casamento).

Desde então, todo ano vamos ao Rio. E muito prazeroso visitar essa cidade.

Você pode perguntar: "Ôpa, mas é o Rio de Janeiro, meu brother! E a violência?"

Realmente é muito assustador você andar na mesma calçada onde ouve um assalto ou um assassinato no dia anterior. Mas existe também muitas crianças, idosos e famílias inteiras caminhando e contemplando a praia o dia inteiro.

Li num artigo que falava sobre as pessoas que são muito preciosas para Deus e acabam sendo destruídas pelo nosso adversário. Seria um paradoxo se não fosse tão simples de entender. Imaginei que isso poderia acontecer com certas cidades por esse por esse mundo afora, então separei uma parte desse artigo, mas para entender o contexto, sugiro a leitura total:

"Quero compartilhar o que o Espírito Santo me mostrou em resposta a este dilema. Seria culpa dos pais? Haveria uma semente do mal que simplesmente brotou neles de repente? Nem sempre. Quero lhe dar a gloriosa informação da parte de Jesus Cristo: esta criança era preciosa! Uma pessoa preciosa e amada à vista de Deus. E quer vocês saibam disto ou não, queridos pais, esta criança ainda é amada por Deus porque, uma vez tendo dito: “Eu vejo o potencial!”, Ele não desiste. Ele não desistirá enquanto este filho ou filha não se virar totalmente para Ele. Ele vai continuar vindo, vindo, e vindo. Eis porque é tão importante resistir, continuar orando. Eles ainda são preciosos aos olhos de Deus, não importa aonde estejam ou o que tenham feito. A adúltera, Satanás, veio para enganar o seu filho que é tão precioso à vista de Deus. Caso eles não fossem tão preciosos, por que Satanás iria atrás deles com uma fúria tão demoníaca?" by Pr. David Wilkerson. (Para ler a mensagem completa do autor e entender o contexto, clique no título: O Caçador).

"Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.

"Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.
Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai." (
João 10:7-18)


domingo, 27 de setembro de 2009

O Evangelho da Verdadeira Liberdade


Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. - Paulo em 2 Co 3:17

A interpretação mais corriqueira deste pequeno versículo parece sempre estar ligada a liberdade litúrgica. É muito comum ouvirmos, principalmente em comunidades mais carismáticas, algo assim: "Irmãos, na presença do Senhor temos liberdade, podemos cantar em todos ritmos, dançar como Davi dançou, chorar copiosamente, cair na unção, orar em línguas o mais alto para que todos ouçam, ou se preferir, ficar em silêncio contemplativo". Então, no fim da breve ministração concluem citando o versículo supracitado. É muito bonito, mas este trecho de 2 Coríntios 3 não tem absolutamente, nada haver com liberdade que se expressa no culto.

Liberdade de culto?

Levarei em conta apenas duas considerações. Em primeiro, a contrário dos mais tradicionais, penso que a flexibilidade litúrgica traz dinâmica e vida ao culto. Não creio que o culto cristão, para ser mais solene, deva assemelhar-se a um funeral, ou deva zelar a todo custo por uma estrutura tradicionalista, rígida e imutável. Desde que haja ordem e decência como nos orienta Paulo em 1 Co 14:40, podemos torná-lo mais feliz, por assim dizer. Não podemos nos esquecer que nosso povo é expansivo, passional, alegre. Há que se compreender os aspectos culturais. O culto no Norte do país em uma Assembleia Pentecostal, será muito diferente do culto celebrado no Sul em um Igreja Luterana. Por isso, sempre haverá perigo na vã tentativa da sacralização ou demonização de aspectos culturais "a-morais" e singulares de cada região.

Erro crasso de interpretação

A segunda consideração que gostaria de registrar é de natureza hermenêutica. Como já disse na introdução, a liberdade que o Espírito promove não tem nada a ver com a vida cúltica. Afirmar isso, além de reduzir ao máximo o profundo significado do texto, também é um erro crasso de interpretação. Apenas quem não conhece o contexto imediato do capítulo 3 do segundo livro aos Coríntios pode dizer que a frase - onde o Espírito do Senhor está, aí há liberdade - significa liberdade para "fazer o que der vontade de fazer" no culto.

A verdadeira Liberdade

Então, de que somos libertos afinal? Que espécie de liberdade o Espírito do Senhor promove? Simples, leia todo o capítulo 2 Coríntios 3. Como alguém já disse: texto sem contexto, é pretexto.

A primeira coisa que deve ficar bem clara é que a liberdade do Espírito do Senhor, que Paulo discorre em toda perícope, não está de modo algum relacionada a expressões litúrgicas de culto. Pois a maravilhosa libertação ocorre em nós, no interior da gente, no modo como nos relacionamos com Deus em nossos corações, e não fora de nós. Pois é bem possível que haja pessoas que dançam, correm e pulam no culto, mas em seu interior são consumidas por um medo angustiante de serem riscadas do livro da vida, de serem consideradas indignas do Reino, de não serem amadas incondicionalmente por Deus. Sim, muitas vezes, estão pulando, dançando, gritando, pois querem convencer a Deus de que são dignas em si mesmas de obterem a salvação, de que são merecedoras de serem abençoadas. E neste caso, toda liberdade do culto, em todas suas expressões, deflagram apenas uma devoção patrocinada pela culpa.

Então, de acordo com Paulo, seguindo a sequência natural de texto, devemos afirmar que somos libertos da toda frustração e culpa que provém de nossas inúteis e arrogantes tentativas de afirmar nossa justiça diante de Deus mediante a obediência da Lei. Vejamos no Capítulo 3 da Segunda Carta do Ap. Paulo aos Coríntios:

Versículo 3 - Somos libertos pelo Espírito do Deus vivo, de um relacionamento primitivo que se fundamenta em tábuas de pedra como na Antiga Aliança, para nos relacionarmos intimamente com Deus, nas tábuas de carne do coração. Paulo está dizendo, na verdade, que não tinha nenhum código de leis, regras legalistas, preceitos mosaicos - tábuas de pedra - para apresentar ao povo de Corinto, como meio de relacionar-se com Deus. Ao contrário, eles iriam discernir a vontade de Deus, lendo e observando as tábuas de carne. Ou seja, o modo de viver de um cristão que aprendeu amar (1 Co 13).

Versículo 6 - Somos libertos para sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra do Antiga Aliança, mas do Espírito; porque a letra, os códigos, os preceitos, e as ordenanças da Lei, são as coisas que matam pela imposição da culpa, mas é o Espírito que vivifica. Posto que a Lei só serviu para mostrar o quanto somos pecadores e incapazes de cumpri-la. "Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus." (Rm 3:19).

Versículos 7 e 8 - Somos libertos do ministério da morte que foi gravado com letras em pedras. E que apesar de toda gloria, que estampava-se na face de Moisés, era transitória e temporal; Ficou velha e caduca, pois Hebreus 8:13 fala: "Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar". Fomos chamados a liberdade da gloria do ministério do Espírito, que é infinitamente maior e eterna.

Versículo 9 - Fomos libertos do ministério da condenação, que foi glorioso, mas muito mais excederá em gloria o ministério da justiça. Sim, a lei - letra que mata - nos encerrou debaixo do pecado destituindo-nos da gloria, mas a justiça de Cristo, nos declarou para sempre justos diante de Rei. Portanto, não há mais condenação (Rm 8:1).

Versículo 11 - Fomos libertos do que era transitório e temporal. E apesar de todo o esforço dos evangélicos legalistas de reavivar uma Lei para se ufanarem de seus gloriosos feitos [...] Nós, os que acreditamos na justificação pela fé, não nos apoiamos em nossa obediência a Lei, que não passam de trapos de imundícia, pois é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Pois como disse Paulo em 2 Co 3:5 "Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus".

Versículo 13 - Fomos libertos da tendência de reproduzir a espiritualidade de Moisés, que punha um véu sobre a sua face, para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório. Pois fomos chamados à sermos a semelhança do Filho de Deus, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos (Rm 8:29).

Versículo 14 - Fomos libertos do endurecimento dos sentidos; libertos do véu que nos obrigava a guardar a Lei, a qual foi por Cristo abolida. Sim, não somos mais obrigados a obedecer a Lei como meio de justificação, pois ninguém nunca será justificado pelas obras da lei (Gl 2:16).

Versículo 18 - Fomos libertos e todos nós, com rosto descoberto, refletimos como um espelho a glória do Senhor; somos transformados de gloria em gloria na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. A transformação é obra de Deus, não é algo que possamos fazer por nós mesmos.

Posto isso, devemos afirmar, de acordo com a consciência do Evangelho, que toda e qualquer tentativa humana de guardar a Lei, produzirá frustração e culpa. Sim, ora ficaremos frustrados por descobrir que é impossível cumprir os preceitos, e automaticamente seremos condenados a estado crônico de culpa e ansiedade.

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade é poder descansar no fato, de que tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade é poder seguir rumo ao alvo, sem ter a necessidade de olhar para as coisas antigas, pois quem está em Cristo é uma nova criatura, tudo ficou para trás, e novas coisas se fizeram.

Viver segundo o Evangelho da Verdadeira Liberdade é não aniquilar a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu em vão. É poder cantar, dançar, pular; ou se preferir ficar em silêncio em profunda reverência, desde que o coração esteja apaziguado na maravilhosa graça de Deus.




by Daniel Grubba



Fonte: Soli Deo Gloria Via: Bereianos