O Poder da Palavra de Deus

"Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão".
Mateus 10:34-42

"Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo". Malaquias 4:1

"De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.
Esquadrinhemos os nossos caminhos, e provemo-los, e voltemos para o SENHOR.
Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas".
Lamentações 3:39, 40, 57

"E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus,
E estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. (...)
Cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação".

Romanos 4:20-25



quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Betel x Jaboque - O que Importa para um Verdadeiro Cristão?

Tudo o que alguns veem é o que podem tirar disso. Para eles, a expiação significa meramente saúde, riqueza, prosperidade, e libertação da maldição da pobreza. Estão cegos ao verdadeiro significado da vitória de Cristo na cruz; cegos ao Seu poder sobre o pecado! Cegos à liberdade para se sacrificar, sofrer, e servir voluntariamente para o avanço do Seu reino sobre a terra! Suportar as dificuldades, e sofrer a perda de tudo, se necessário, para ganhar uma coroa incorruptível.

Jaboque! - O Lugar da Submissão Absoluta
by David Wilkerson

Jaboque! Isso pode ter significado nada para você até agora - mas após ler esta mensagem, deverá se tornar uma das mais importantes palavras de seu vocabulário espiritual.

Jaboque é o lugar onde Jacó lutou com o Senhor. É onde ele fez sua rendição total a Deus. É onde recebeu um novo caráter, e um novo nome: Israel. É onde deitou abaixo seu último ídolo, e teve sua maior vitória.

"Levantou-se naquela mesma noite... e transpôs o vau de Jaboque" (Gênesis 32:22).

Jaboque quer dizer: "lugar da travessia". Também representa luta; esvaziar e transbordar. Que tremenda verdade é revelada nesse local chamado Jaboque. Tem tudo a ver conosco nos dias de hoje. É o lugar onde o povo de Deus descobre o segredo do poder contra todo pecado que assedia. Representa uma crise de vida ou morte - uma crise que leva à rendição absoluta.

Não pode haver vitória gloriosa sobre o ego e o pecado enquanto você não for a Jaboque. Chega uma hora em que precisamos "resolver as coisas com Deus". Temos de enfrentar a nós mesmos, e nos esvaziar de todos maus desejos e ambição própria.

No passado, os crentes aprenderam que há duas travessias na vida do cristão: o mar Vermelho e o rio Jordão. A travessia do mar Vermelho representa sair do mundo. Fala de um novo começo. Simboliza "ser salvo". Muitos do povo de Deus saem do Egito, mas nunca entram na Terra Prometida. Ficam presos no deserto da incredulidade, do medo, da confusão. Deixam o mundo, mas nunca entram na alegria do Senhor.

Uma outra travessia é exigida - o Jordão! O Jordão representa um compromisso de se manter com o Senhor. Batismo nas águas! Leitura da Bíblia! Testemunho! Desejo de crescer em Cristo! É um passar para uma vida de louvor. Para muitos, a Terra Prometida representa a plenitude do Espírito Santo. Um batismo no, e com, o Espírito Santo.

Não é só isso? Uma Terra Prometida? Uma Canaã espiritual para os filhos de Deus? Salvos, batizados, e cheios do Espírito Santo?

Os filhos de Israel entraram na Terra Prometida. Receberam sua herança. Mas nunca entraram efetivamente no repouso que Deus desejava que entrassem! Esses filhos de Deus, tementes a Ele, dirigidos pelo Espírito, ainda tinham pecado no coração! Tinham corações presos à luxúria secreta e à idolatria.

É trágico que o mesmo seja real ainda hoje. Multidões de crentes cheios do Espírito, e dirigidos pelo Espírito - nunca conheceram o verdadeiro repouso de Deus! Sua paz é perturbada por uma consciência com problemas. Deus disse, em relação a Israel "que não puderam entrar por causa da incredulidade... Portanto, resta um repouso para o povo de Deus" (Hebreus 3:19 e 4:9).

É possível ser salvo, cheio do Espírito, totalmente dedicado à obra do Senhor, e ainda estar preso a um pecado secreto! É possível expulsar demônios no nome de Cristo, curar os enfermos, realizar milagres, discernir, produzir grandes obras, tudo em nome de Jesus Cristo - e ainda ser um obreiro da iniquidade amarrado ao pecado.

Só Deus sabe quantos cristãos carregam o peso do pecado secreto, ou da lascívia devastadora. Multidões jamais experimentaram vitória e livramento total de pecados que os assediam. Muitos jovens cristãos dedicados enfrentam uma batalha perdida contra o pecado habitual. Lutam contra o desejo por drogas, por álcool, sexo. Eles amam ternamente o Senhor - mas há "aquela coisa em suas vidas". Odeiam isso, mas continuam. Não querem abandonar Cristo, ou voltar para o mundo. Mas ainda há um ídolo que eles não parecem conseguir entregar.

E, sim, os homens e mulheres de Deus - incluindo ministros do Evangelho - que brigam contra um pecado que os acossa! Eles têm fome de Deus. Nem por um instante pensam em se voltar às coisas desprezíveis do mundo. Anseiam pela plenitude de Cristo. Choram por santidade! São verdadeiramente filhos do Deus Altíssimo.

Mas aquela coisa continua. Aquele tal problema. Esse pequeno ídolo! Ele os faz sofrer e os leva às lágrimas. Eles se dilaceram em culpa e condenação. Sentem-se frágeis, sem valor, confusos. Jejuam, oram, prometem - mas de repente são vencidos, e são levados como ovelhas para o matadouro.

Durante anos tenho lutado com a teologia da vitória total contra o pecado! Não quero dizer "perfeição sem pecado". Quero dizer libertação do cativeiro a todo pecado que esteja afligindo constantemente! Pouca gente estudou mais do que eu quanto à doutrina da santificação. Tenho estudado e lido sobre santificação há anos.

Trabalhei com alguns dos maiores escravos do pecado da face da terra. Então, precisava de respostas. Eu precisava de uma mensagem clara e simples sobre como conseguir e manter vitória contra os pecados das drogas, do álcool, da violência, do fumo, do jogo, do sexo ilícito, e vários outros tipos de vícios. Enquanto o Espírito não me mostrou Jaboque, a minha compreensão era incompleta.

E os cristãos, incluindo ministros que mantém casos secretos de amor? E os esposos e esposas que deixam o casamento, na esperança de achar alguém que lhes agradará mais? Muitas vezes eles mentem referindo uma situação horrível no lar - como desculpa para os casos secretos de amor. Com frequência ficam desesperadamente envolvidos com outros.

A luxúria sexual - adultério, fornicação - está varrendo a igreja nesses dias como peste negra. Não há vitória contra essa lascívia descontrolada? Será que um verdadeiro filho de Deus precisa atravessar a vida sempre escravo do pecado que o assalta? Será que não há um lugar de vitória total? Não quero dizer ficar livre da tentação, mas livre de ceder à luxúria.

Há uma terceira travessia - Jaboque!

Jaboque era um tributário do rio Jordão. Era um lugar abandonado. O nosso Jaboque tem de ser enfrentado a sós. Você pode atravessar o mar Vermelho com uma valorosa multidão de remidos que deixa o Egito. Você pode atravessar o Jordão com o vitorioso exército do Senhor em torno. Mas atravessará o Jaboque só! Sem conselheiros, amigos, ajudadores. É uma luta pessoal - só entre você e o Senhor.

"Jacó porém ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia" (Gênesis 32:24).

Jaboque é onde o Jacó em nós dá o último suspiro. É onde Deus trata conosco não apenas em relação ao pecado, mas em relação ao nosso próprio caráter.

Jacó era um homem com problemas, desesperado. Digamos que Deus o tenha colocado contra a parede. Ele estava voltando após muitos anos, por sua herança. Esaú, o irmão de quem havia usurpado a primogenitura, estava indo em sua direção com um exército de 400 homens.

Jacó havia amadurecido de várias maneiras. Ele agora era um pai amoroso. Era obediente ao Senhor, e seguia a ordem de Deus para voltar ao lar. Ele amava a verdade. Era um homem humilde, de oração. Ouça sua prece:

"Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que tiveste com teu servo..." (Gênesis 32:10).

Mas esse servo de Deus - humilde, obediente, de oração, temente ao Senhor, amante da fidelidade - continuava em processo de conciliação! Isso quer dizer: "ceder ao perigo para evitar problema". Paz a qualquer preço inclui concessão!

Em vez de confiar em Deus na crise, ele aparou as arestas. Tentou inventar um jeito de enfrentar o problema. Dividiu o gado em diferentes rebanhos, enviando-o à frente para abrandar o coração do irmão. Bombardeou Esaú com ondas sucessivas de presentes de cabras, camelos, touros, ovelhas, mulas e carneiros.

"Porque dizia: Eu o aplacarei..." (Gênesis 32:20).

Apaziguamento! É nisso que multidões de cristãos entraram! Cedem ao perigo, porque temem não ter saída! Ouve-se isso por todo lado atualmente: "Não dá para evitar! Eu não quero fazer. Odeio o pecado. Mas apesar do meu superesforço, cedo e caio!".

Então vez após outra, nós apaziguamos! Pecamos e confessamos, choramos e confessamos, tentamos descobrir uma saída. Sim, as arestas, os esquemas, as justificações, as desculpas, os planos - tudo em vão. Parecemos fracos contra necessidades e desejos devastadores.

Obediente! De oração! Buscando a fidelidade! Humilde! Amoroso! Bondoso! Temente a Deus! Mas continua aquele pontinho negro! Permanece uma resistência secreta no fundo do coração. Continua o apaziguamento, a maquinação - continua um ídolo em pé - ainda não totalmente entregue. Ainda não sob o senhorio total de Cristo.

Quero Lhe Mostrar o que Precisa Acontecer em Jaboque!

1. Em Jaboque - a Religião dá Lugar à Espiritualidade!

Uma pessoa pode ser muito religiosa, e não ser nem um pouco espiritual. Jacó havia tido uma experiência muito religiosa em Betel. À caminho de Padã-Arã à procura de uma esposa dentre seu próprio povo, ele teve uma tremenda experiência religiosa.

"E sonhou: eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela." (Gênesis 28:12).

Deus apareceu e fez um acordo com ele! Era uma promessa de bênçãos materiais:

"A terra em que agora estás deitado, eu te darei... na tua descendência serão abençoadas..." (Gênesis 28:13-14).

Jacó grita - "Impressionante - o Senhor está neste lugar." (Gênesis 28:16-17).

Jacó denomina este lugar de Betel, e prossegue em fazer um acordo com Deus. A parte da bênção lhe soa muito bem!

"Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então, o Senhor será o meu Deus... e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo" (Gênesis 28:20-22).

Esse acordo soa familiar? Me abençoe, Senhor! Me faça prosperar em todos os meus caminhos! Me dê muito alimento! Vista-me bem! Cuide bem de mim. Aí então O servirei! Aí então darei o dízimo! Dê a mim, para que eu possa Lhe devolver!

Pense nisso: Deus está presente - os céus, abertos! Anjos aparecem! Deus fala! Que experiência religiosa sobrenatural! E tudo que Jacó vê aí é um acordo para terra, alimento, roupas, prosperidade, e sucesso em tudo! Foi uma experiência estritamente religiosa.

Betel é a religião popular de nossos dias. Como Jacó, nossos espíritos de cobiça interpretam as promessas de Deus de modo materialista. Chegamos ao ponto de profanar a preciosa expiação do Senhor Jesus Cristo! Gritando palavras religiosas, falamos do poder do sangue derramado de Cristo. Mas o que estamos dizendo é uma trágica má interpretação daquilo que o Seu sacrifício na verdade consumou.

Tudo o que alguns veem é o que podem tirar disso. Para eles, a expiação significa meramente saúde, riqueza, prosperidade, e libertação da maldição da pobreza. Estão cegos ao verdadeiro significado da vitória de Cristo na cruz; cegos ao Seu poder sobre o pecado! Cegos à liberdade para se sacrificar, sofrer, e servir voluntariamente para o avanço do Seu reino sobre a terra! Suportar as dificuldades, e sofrer a perda de tudo, se necessário, para ganhar uma coroa incorruptível.

O que dizer das multidões que adoram em Betel? E dos pregadores e mestres que ficam presos em Betel - reclamando as promessas de Betel?

Digo que são pessoas religiosas. Algumas podem ser muito religiosas. Como Jacó podem ter experimentado grandes revelações, podem ter visto anjos, e talvez tenham ouvido Deus. Mas em Betel - a carne ainda está no comando. É um lugar de religião - mas não de real espiritualidade. É uma revelação parcial. Vale para todas as bênçãos, enquanto ignora a luta interior íntima! É estar na presença do Senhor, sem tratar da natureza de Jacó! Isso só ocorre em Jaboque.

2. Jaboque é Um Lugar de Submissão Completa!

É o local da vitória total contra todo pecado que assedia! Você não estará pronto para Jaboque enquanto não estiver em desespero! Você tem de chegar ao fim da linha. Seu peso de pecado precisa lhe levar à uma crise de vida ou morte.

Que crise Jacó enfrentou. De um lado, Esaú se aproximava. Do outro estava o próprio Deus, e uma hoste de testemunhas celestiais. Não dava para avançar. Era fim da linha definitivo! A menos que ocorresse um milagre, ele era um homem morto. Seus pecados o haviam alcançado. Por mais de vinte anos ele tinha sido capaz de blefar. Ele havia sobrevivido às custas de esperteza e dissimulação. Não dava mais para prosseguir - nem mais um dia - como no passado.

Jacó foi forçado a se expor diante da atemorizante presença do Senhor - e a se ver como era! Por toda a noite a luta se feriu. Dessa vez Jacó falou sério! Ele queria a liberdade. Ele queria olhar o Senhor e o mundo nos olhos, e saber que estava sendo honesto e santo. Ele queria que a repreensão sobre ele fosse removida. Ele queria livramento.

"Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó" (Gênesis 32:27).

Jacó sabia o quê significava o seu nome: "usurpador de calcanhar". Aquele que engana o irmão, a si próprio, e tenta esconder isso dos olhos flamejantes de Deus. O que o Senhor estava dizendo a Jacó era:

"Olhe para você mesmo - no que se tornou! Não invente desculpas dessa vez! Pelo menos uma vez na vida, enfrente a realidade! Enfrente a verdade - seja honesto ao extremo - ou não haverá vitória!"

E lá de dentro vêm - todo os temores escondidos, e as confissões:

"Deus! Sou falso! Sou tão religioso por fora, mas por dentro uma mentira! Sou um usurpador! Brinquei com fogo por muito tempo! Fiquei arrajando desculpas para meus atos, justificando meu pecado. Me perdoe, Deus..."

Não pode haver vitória alguma contra qualquer pecado que assedia, sem que haja o enfrentamento no ponto final em Jaboque! O temor da justiça e do juízo de Deus contra seu pecado precisa lhe agarrar com determinação. Você tem de enfrentar a realidade de que não é uma pessoa especial, imune à exposição pública e ao julgamento. Você tem de enfrentar o fato de que Deus, em Seu amor, tem de lhe dar um prazo final - uma última chance de obedecer inteiramente!

Não que a Sua graça seja retirada, ou que Seu amor e misericórdia tenham se limitado. Mas chega uma hora quando Deus não pode mais reter o salário do seu pecado! Há uma lei que afirma: "Cobiça concebida gera morte!" O seu pecado lhe descobre!

Você tem de enfrentar a realidade de que não pode continuar vivendo uma mentira. Não importa o quão abençoado você é, não importa o quanto é ungido, não importa que grandes coisas você realizou em Seu nome - Deus não permitirá licença em aberto para continuar pecando! Você tem de obedecer ou então ser exposto a todos - e começar a colher o que plantou.

Enfrente a verdade! Confesse em seus detalhes feios! "Ó Deus, sou adúltero, fornicador. Não sou melhor do que as meretrizes e os homossexuais que ficam se empurrando nas ruas! Sou o maior mentiroso da igreja! Estou enganando a minha família. Não sou o quê as pessoas pensam que eu sou. Eu sei que vou acabar sendo descoberto. Eu sei que terei de pagar o preço pelo que estou fazendo - então assuma isso, Senhor! Faça-o agora! Não quero ter de carregar esse peso nem mais um dia! Me liberte! Cansei de representar!"

Em Jaboque, Cristo nos liberta daquele pecado que nos assedia, transformando a intimidade do nosso caráter.

"Então, disse: Já não te chamarás Jacó e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste." (Gênesis 32:28).

Poder de prevalecer através de um novo caráter! Prevalecer quer dizer: "conquistar supremacia, vitória, superioridade". Jacó agora sabia que estava em seu poder o obedecer, porque o Senhor aceitou seu compromisso de submissão.

O nosso Senhor não está interessado simplesmente em nossa vitória sobre certos pecados. Ele quer nos transformar em novas pessoas, com corações puros e mãos limpas. Nós precisamos de uma transformação de caráter.

Só precisou uma única noite desesperadora de enfrentamento da verdade. Uma noite de combate contra a velha natureza! Jacó teve uma profunda mudança em seu corpo e em sua alma. Ele acertou as diferenças com o Senhor, e prevaleceu. O Senhor viu seu desespero, ouviu seu angustiante pedido - e o tocou! O Senhor propositalmente o enfraqueceu! Ele deslocou seu quadril!

Um dos maiores milagres que o Senhor pode operar a nosso favor, é aleijar nossos esforços humanos e nos tornar totalmente dependentes dEle. Você vai sair mancando de Jaboque, humilhado e aleijado - bradando: "Ó Senhor, fiz minha rendição total. Entreguei todos os meus pecados. O meu ídolo foi esmagado. Mas não vou conseguir vitória sem ajuda sobrenatural. O Senhor me trouxe a esse ponto de obediência absoluta - agora, sustente meu compromisso de modo sobrenatural. Faça-me querer e realizar a Sua perfeita vontade".

3. Jaboque é o Lugar dos Céus Abertos

Deus se revela unicamente àqueles que "ficam livres do dolo". Dolo é o erro, desonestidade, pecado escondido!

Ouça a gloriosa promessa que Jesus fez a Natanael, dentre os Seus: "Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo! (...) Porque te disse que te vi debaixo da figueira, crês? Pois maiores cousas do que estas verás. (...) Em verdade, em verdade vos digo que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem." (João 1:47-51).

Unicamente ele recebeu essa gloriosa promessa: Natanael, não há dolo ou desonestidade em você. Você é um livro aberto. Sem obras ocultas de pecado! Nada atrapalhando sua vida. A você será dado um céu aberto! Você verá coisas que poucos veem. Revelação plena é sua, pois não há dolo em você!

O nosso Senhor deseja desesperadamente abrir Seu coração para nós, e nos guiar à toda verdade. Mas nosso dolo impede. É por isso que Jaboque é tão necessário! É o lugar para se depositar todos os vestígios finais do dolo, do engano, da desonestidade! Assim os céus estarão abertos para nós! É verdade que os nossos pecados afastam Sua face de nós.

Jacó mudou o nome de Jaboque para "Peniel". Peniel significa "a face de Deus".

"Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva." (Gênesis 32:30).

Jacó agora é um homem espiritual. Nada de falar de bênçãos materiais - terras, comida, roupas, sucesso. Ele havia visto Deus, e tinha sido tocado. Agora deixou de ser gado; agora é Cristo.

Os céus ainda uma vez se abriram. A escadaria reapareceu, com anjos subindo e descendo. Mas agora ele compreendia o significado mais profundo desse céu aberto. Significa acesso ao Pai! Significa conhecê-Lo. Significa sentar-se nos lugares celestiais. Alegria indizível. O brilho de Sua presença. O som de Sua voz. Agora, todos os valores espirituais.

Jacó tinha desperdiçado mais de vinte anos. Ele poderia ter desfrutado anos de céus abertos. Ele poderia ter tido unidade com seu irmão e com Labão. Mas os céus tinham se fechado para ele - por causa do dolo. Sei que eu, também, desperdicei anos preciosos, tendo os céus ficado às vezes como uma barra de metal. Os meus ídolos íntimos - o meu dolo não submisso - trancavam o céu. Eu impedia a chegada da revelação da plenitude de Cristo. Eu tinha senão uma visão parcial.

Mas em Jaboque o Senhor ouviu o meu grito, e me libertou! Fiz um compromisso de segui-Lo em submissão absoluta. E então os céus se abriram para mim de novo! Ainda sou tentado - às vezes falho. Mas sei que a obediência outra vez abrirá os céus para mim.

"Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina..." (João 7:17).

Os céus estão abertos para você? O Senhor está se revelando a você em verdade e em santidade? Se não estiver, você poderá estar bloqueando isso por estar agarrado a um ídolo! Pecado secreto pode ser a causa da sequidão e da sua cegueira espiritual. E não pode haver nem amor e nem unidade na igreja, enquanto o povo de Deus não tiver vidas puras e obedientes.

Sim, somos amados! Mas também vamos ser julgados! O julgamento está se iniciando pela casa do Senhor! A igreja inteira de Jesus Cristo está sendo levada para Jaboque! Nenhum de nós escapará desta crise.

"Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?

Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo." (Hebreus 10: 26-31).

Antes de ir para o banco dos réus de Cristo - vá para Jaboque! Julgue a si mesmo em Jaboque, e você nunca será julgado! Ouça o que a palavra do Senhor diz sobre obediência:

"A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça." (Romanos 1:18).

"Pelo que os filhos de Israel não puderam resistir aos seus inimigos; viraram as costas diante deles, porquanto Israel se fizera condenado; já não serei convosco, se não eliminardes do vosso meio a cousa roubada." (Josué 7:12).

"Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus." (2 Coríntios 7:1).

"Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração." (Tiago 4:8).

"Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar... Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma." (Tiago 1:19-21).



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Fonte: http://www.tscpulpitseries.org/portuguese/tsjaboque.htm

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

João Batista era Elias?

Fui a duas palestras numa mesma noite hás umas semanas atrás. Era uma extensão do trabalho, era sobre liderança, eram dois palestrantes um tanto quanto famosos... parecia que ia ser chato e sem lições que me valessem algo. Ledo engano!

Vi princípios bíblicos serem esparramados - desde o Gênesis, passando pelos Evangelhos e finalizado em Jesus Cristo. Caramba!

As palestras foram mais Cristocêntricas do que é dito em muitas igrejas por aí - que estão um tanto quanto Antropocêntricas.

Meus olhos eram marejados constantemente diante de palavras que exaltavam o meu mestre Jesus. Parecia covardia! É claro que para falar de liderança, necessário seria falar em Jesus. Mas quando isso nos surpreende é melhor ainda! Fui pego de surpresa! Não fui para ouvir falar de Jesus ou da Bíblia. Fui para uma palestrazinha dessas quaisquer, oras!

Acredito que essa surpresa se assemelharia se eu entrasse em uma igreja dessas triunfalistas e ouvisse falar de Jesus, porque eu teria ido ouvir falar de dinheiro...

Para provar isso, segue uma das muitas palavras que ouvi acerca do Evangelho de Cristo:



"O Batista, perguntado se era Elias, respondeu que não era Elias: Non sum.

E Cristo, no capítulo onze de S. Mateus, disse que o Batista era Elias: Joannes Baptista ipse est Elias (Mateus 11:14). Pois, se Cristo diz que o Batista era Elias, como diz o mesmo Batista que não era Elias?

Nem o Batista podia se enganar, nem Cristo podia enganar-se: como se hão de concordar logo esses textos?
Muito facilmente. O Batista era Elias e não era Elias: não era Elias, porque as pessoas de Elias e do Batista eram diversas: era Elias, porque as ações de Elias e do Batista eram as mesmas.

A modéstia do Batista disse que não era Elias, pela diversidade das pessoas; a verdade de Cristo, afirmou que era Elias, pela uniformidade das ações. Era Elias, porque fazia ações de Elias.

Quem faz ações de Elias, é Elias, quem fizer ações de Batista, será Batista, e quem as fizer de Judas, será Judas. Cada um é as suas ações, e não é outra coisa"


by Pe. Antonio Vieira

Dica do Nailor


Nota do editor do Blog: Se existe reencarnação entre Elias e João Batista, essa se deve, tão somente, nas ações. O que reencarnou, foram as ações. Quem têm ouvidos, ouça!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Reveste-me, Senhor

Escrevi esta letra há um tempo. Existe ainda a segunda parte, que brevemente postarei. Tem até melodia, rapaz!

Ensina-me a fazer
O melhor para Ti

Preciso descobrir o que fazer
Para te servir melhor

Quebra o meu coração
Faz-me novo

Com a Tua a Tua remissão


Renova a aliança
Contigo, Senhor


Reveste-me, Senhor com a Tua glória

Reveste-me, Senhor com o Teu amor

Reveste-me, Senhor com o Teu poder


Com o poder que vem do alto!

Com o poder que vem do alto!

Com o poder que vem ao alto!



Atos 2:1-4

E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.

E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Eu Não Evangelizo!

Se evangelizar é encontrar uma pessoa na rua e com toda cara de pau dizer "Jesus te ama" e dar as costas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é tocar hino nas praças e ir para casa se achando o máximo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é ir numa marcha para fazer propaganda de igreja e cantores, eu não evangelizo.

Se evangelizar servir para arrastar pessoas para igreja quando tem festinhas com comida e montar esquemas para ela se sentir bem-vinda somente naquele momento, eu não evangelizo.

Se evangelizar é entregar folhetos que serão jogados no chão e criará mais sujeira nas ruas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é pregar com base para embutir culpa nas pessoas bombardeando-as com idéias de pecado e consequentemente o inferno para os maus e céu para os bons, eu não evangelizo.

Se evangelizar é convencer as pessoas a se protegerem do mundo dentro de uma igreja que acaba se tornando um bunker contra toda guerra espiritual e ofensivas do diabo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é sistematizar o Evangelho (leia-se G12)* , eu não evangelizo.

Agora se evangelizar é caminhar junto, estar presente na vida das pessoas, ser ombro amigo, chorar e rir em vários momentos, então eu creio que eu evangelizo.Afinal entendo que o maior evangelismo de Cristo, foi estar ao lado, foi comer junto e presenciar toda a aflição e alegria do teu próximo.

Creio que evangelizar é sinônimo de relacionamento. O verdadeiro evangelho não é feito de seguidores e sim de amigos.

Portanto, se evangelizar é partilhar o pão nosso de cada dia, eu evangelizo.




Fonte: Lion oF Zion Via: Caminhando na Graça
* grifo do editor deste blog.

sábado, 15 de maio de 2010

Será que sou homofóbico?

O dicionário define homossexualidade como: “que deseja alguém do mesmo sexo [gênero] ou o ato de ter sexo com alguém do mesmo sexo [gênero]”. Em outras palavras, é uma conduta sexual feita com alguém do mesmo sexo. O dicionário não definiu esse termo como duas pessoas do mesmo sexo que por acaso se amam.

Simplificando: tanto a homossexualidade quanto a heterossexualidade tratam de sexo. Uma expressão sexual está perfeitamente em harmonia com a maneira como a natureza designou nossos corpos para propósitos reprodutivos (heterossexualidade), enquanto a outra não (homossexualidade). Nenhuma das duas expressões sexuais tem algo a ver com amor. Ambas são condutas sexuais expressas por meio de contato físico entre duas ou mais pessoas.

A atividade sexual pode ser uma expressão de amor, mas o próprio sexo não é amor. Todos os adultos maduros sabem que sexo e amor são duas coisas diferentes. O amor puro não é expresso na maior parte das vezes de forma sexual.

Pais que amam seus filhos darão a vida por eles, mas eles nunca têm sexo com os filhos. Soldados deram a vida — a expressão máxima de amor conforme a Bíblia (João 15:13) — por um colega de farda (do mesmo sexo), mas eles nunca tiveram sexo com seu colega. Irmãos e irmãs têm sacrificado a vida por seus irmãos doando os próprios órgãos para salvar a vida do outro, enquanto outros têm deixado sua herança inteira para seus irmãos, mas em ambos os casos essas expressões de amor jamais incluíram sexo.

O ato sexual é meramente um ato físico que é na maior parte das vezes expresso na privacidade do lar. Portanto, esse ato não deve ficar sob a proteção de leis de direitos civis. Seu devido lugar de proteção são as leis de privacidade, não leis de direitos civis. As leis deveriam ser criadas para desestimular condutas criminosas, não apoiar condutas sexuais privadas.

Quando gays disseram que nasceram desse jeito e se compararam com negros, uma criança negra escreveu:

"Meu ato sexual não me fez negro
Isso é algo que os gays não podem dizer
Pois é fato que o ato sexual deles
É o que os faz gays"

A homossexualidade e a heterossexualidade são comportamentos sexuais que se expressam. Não são condições físicas como a cor negra ou branca.

Havendo dito isso, será que sou homo-fóbico se eu não gostar, não aceitar ou não me sentir bem com a expressão (conduta) sexual dos gays? Homo-fóbico significa temer ou odiar o indivíduo gay ou homossexual que se engaja em tal conduta? Antes de responder a essa pergunta, por favor permita-me compartilhar com você outras condutas com as quais não me sinto bem.


Não gosto de (ou não me sinto bem com) heterossexuais que se exibem com gestos escandalosos em público quando podem fazê-lo na privacidade de seus lares. Será que sou hetero-fóbico e odeio heterossexuais?

Não gosto de (ou não me sinto bem com) indivíduos que traem o cônjuge. Isso significa que tenho fobia e ódio dos que traem seus cônjuges?

Não gosto (ou não me sinto bem) quando meus filhos se comportam como membros de gangue. Será que odeio ou temo meus filhos? Será que isso é fobia dos próprios filhos?

Não gosto (ou não me sinto bem) quando motoristas fazem ultrapassagens perigosas em outros motoristas. Será que tenho ódio ou fobia de motoristas?

Não gosto (ou não me sinto bem) quando meus irmãos e irmãs negros usam a palavra “preto”. Isso significa que tenho medo e ódio de meus irmãos e irmãs afro-americanos?
Não gosto de (ou não me sinto bem com) muitos dos meus maus hábitos. Será que tenho ódio e medo de mim mesmo?


Imagino que você está entendendo o que estou querendo dizer. Só porque não gosto de certas condutas ou não me sinta bem com certas condutas, isso não significa que temo ou odeio a pessoa que se engaja em tal conduta.

Não devemos permitir que outros nos rotulem ou coloquem em nós um peso de culpa naqueles entre nós que não gostamos, não aceitamos e não nos sentimos bem com o estilo de vida homossexual. Tenho certeza de que mesmo dentro da população homossexual há certas condutas que eles não gostam, mas isso significa que eles temem ou odeiam as pessoas que demonstram tal conduta?

Eu odeio ou temo gays? Absolutamente não! Se eu visse alguém tentando prejudicar fisicamente um gay, como cristão e tal qual o “Bom Samaritano” da Bíblia, eu seria um dos primeiros a socorrê-lo, não porque o indivíduo prejudicado é gay, mas porque ele, como eu mesmo, é amado por Deus. (João 3:16)

Considerações finais: Conforme declarei antes, os gays muitas vezes comparam sua experiência com a experiência dos negros, mas os negros nunca tiveram a opção de esconder sua pele negra no armário para escapar ou evitar perseguição. E nós nunca fomos odiados por causa de nossa conduta. Nós éramos odiados simplesmente porque éramos negros.

by Rev. Wayne Perryman

Fonte: Americans for Truth

Via: Intolerância Homossexual e Bereianos

domingo, 2 de maio de 2010

Minha (também) declaração de (não) Fé

Não creio na fé sem amor: não é fé, mas apenas discurso religioso adoecedor.


Não creio na teologia sem amor: não é teologia, mas apenas acúmulo de informação religiosa neurotizante.


Não creio na igreja sem amor: não é igreja, mas apenas ajuntamento de pessoas sob a pseudo aura do "sagrado".


Não creio no ministério sem amor: não é ministério, mas apenas serviço burocrático de indivíduos com mania de divindade exibicionista.


Não creio nas profetadas e suas bizarrices batizadas de "santidade": não são profecias, mas apenas o ridículo disfarçado de unção.


Não creio nas bênçãos dos profetas da prosperidade: não são bênçãos, porque só quem abençoa é Deus e Ele não compra minha fé.


Não creio nas maldições dos profetas da Al Qaeda divina: não são maldições, são apenas um revanchismo sagrado movido a vingancinhas medíocres.


NÃO CREIO EM QUALQUER UM... (grifo do editor deste blog)


Não creio em milagre todo dia: milagre não é rotina, se assim for já não é milagre.


Não creio em gente que cai no "espírito" mas não consegue andar no Espírito.


Não creio em línguas esquisitas quando a mesma língua ainda não foi transformada pelo Espírito da Palavra.


Não creio em "massagens de púlpito", mas em Mensagens do céu!


Não creio em encontros de casais erotizados e vulgares, (estão promovendo isso, é?! - pergunta do editor deste blog) produtos envergonhados de uma importação da mídia em sua sensualidade abusiva, prefiro encontros de casais que promovam o redescobrir do encanto...


Não creio numa série de outras coisas... mas como dizia Kierkegaard, "Com a ajuda do espinho em meu pé, salto muito mais alto".



by Alan Brizotti em seu Blog Via Bereianos




No título foi acrescentado "(também)" pelo editor deste blog.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Há tempo (perdido) para tudo

Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou
Para tudo há uma ocasião certa
Mas tenho muito tempohá um tempo certo para cada propósito debaixo do céu
Temos todo o tempo do mundotempo de nascer e tempo de morrer

Todos os dias antes de dormir lembro e esqueço como foi o dia
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou
Sempre em frente
Deus pôs no coração do homem o anseio pela eternidade
Não temos tempo a perder
Não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem

Nosso suor sagrado é bem mais belo que esse sangue amargo
Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se afadiga?
E tão sério
Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão
E selvagem. Selvagem.
todos têm o mesmo fôlego de vida
Selvagem
e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade

Veja o sol dessa manhã tão cinza
Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo
A tempestade que chega é da cor dos teus olhos castanhos
Descobri também que debaixo do sol: no lugar da justiça havia impiedade
Então me abraça forte
Comer, beber e ser recompensado pelo seu trabalho é um presente de Deus
E diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo
tempo de procurar e tempo de desistir

Temos nosso próprio tempo
tempo de chorar e tempo de rir
Não tenho medo do escuro mas deixe as luzes acesas agora
tempo de abraçar e tempo de se conter

O que foi escondido é o que se escondeu
tempo de procurar e tempo de desistir
E o que foi prometido ninguém prometeu
nada se pode acrescentar, e nada se pode tirar
Nem foi tempo perdido
Tudo o que Deus faz permanecerá para sempre

Somos tão jovens... tão jovens.
Deus fará renovar-se o que se passou
Tão jovens
Para tudo há uma ocasião certa

by Renato Russo & autor de Eclesiastes (capítulo 3)

Colagem by Sérgio Pavarini

domingo, 11 de abril de 2010

Glória Perez e glória a Deus

A escritora e novelista Glória Perez — que teve a sua filha Daniela Perez barbaramente assassinada no início dos anos 1990 — escreveu o seguinte em seu blog (http://gloriafperez.blogspot.com/):

“E por falar em Miriam Brandão... Um dos seus assassinos, o Wellington, teve a pena extinta e virou pastor: já é dono de 3 igrejas!!!! Sequestrou, incendiou viva uma criança de 5 anos, e hoje ganha a vida contando seu feito! Aliás, Guilherme de Pádua também! Com todo o respeito aos fiéis iludidos, parece que se tornou final de carreira para psicopatas assassinos virar pastor!”

Como evangélicos e espirituais, devemos ter discernimento e julgar bem, segundo a reta justiça, todas as coisas (1 Co 2:15; Jo 7:24). Eu posso não concordar com o posicionamento de uma pessoa não-evangélica em muitas coisas, mas tenho de reconhecer quando ela tem razão. Afinal, até o Senhor Jesus, ao ouvir uma pecadora, respondeu-lhe: “Disseste bem” (Jo 4;17).

Glória Perez tem razão em seu desabafo. Ela teve a sua filha assassinada, e com requintes de crueldade. E tem todo o direito de ainda estar angustiada e indignada com a benevolência da lei brasileira para com pessoas que cometem crimes tão bárbaros contra a vida humana.

Eu não tenho dúvida de que o Senhor Jesus perdoa e transforma os mais vis pecadores. Ele é misericordioso e piedoso. E ao infrator crucificado, ao seu lado, Ele disse: “hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43). Entretanto, isso não significa que os criminosos não devam pagar pelos seus crimes na terra.

Penso que alguém que queima uma criança, como Miriam Brandão, ou que assassina brutalmente uma jovem, como Daniela, como fizeram os criminosos mencionados por Glória Perez, mereça, no mínimo, prisão perpétua. Não estamos falando de um homicídio culposo, de um acidente ou de um assassinato em legítima defesa. Estamos falando de homicídio duplamente qualificado! Estamos falando de crimes em que houve intenção de matar! Os pais nunca mais verão os seus filhos. É justo que os criminosos sejam soltos depois de poucos anos e tenham uma vida normal e até zombem da família enlutada?

A lei brasileira, como eu já disse, ainda é suave em relação a crimes hediondos, a despeito de ter melhorado um pouco — o que ficou comprovado no julgamento dos Nardoni. Mas veja se nos Estados Unidos criminosos como Charles Manson, assassino da atriz Sharon Tate, em 1969, foi solto. Para os estadunidenses seria inconcebível um criminoso desse naipe ser solto e tornar-se um pastor. E os criminosos acima estão para os brasileiros assim como Manson está para os norte-americanos. Ou não?

Glória Perez parece ter alguma antipatia pelos evangélicos, talvez por causa dos mercantilistas que se dizem evangélicos. Mas no episódio em apreço ela não generalizou. Não quis dizer que todos os pastores são criminosos. Prova disso é o que escreveu, na mesma postagem: “quem ofende os pastores sérios são esses criminosos que se utilizam de uma carreira respeitável para acobertar sua psicopatia e lucrar com os crimes cometidos”.

Na verdade, Perez quis mostrar a sua indignação quanto ao fato de as igrejas evangélicas (ou pseudo-evangélicas, em alguns casos) aceitarem como pastores assassinos condenados, principalmente aqueles que cometeram crimes de grande repercussão. Já pensou se os Nardoni resolvessem fundar uma igreja, ao saírem da prisão? E, se Susane von Richthofen se tornasse uma “pastora”?

Sou obrigado a reconhecer que boa parte dos pastores e pregadores ex-assassinos gostam de contar os seus feitos da vida do crime. Lembro-me de que, na minha adolescência, o povo dava glória a Deus ao ouvir um ex-bandido dizer de boca cheia: “Não me perguntem sobre quantos eu matei. Perguntem-me sobre quantas almas já ganhei para Jesus”.

Sinceramente, tenho ojeriza desses testemunhos que exploram a vida pregressa das pessoas. Muitos fazem até cartazes: “Fulano de tal, ex-assassino, ex-ladrão, ex-estuprador, ex-pedófilo, ex-traficante, ex-pederasta”. Meu Deus! Se eu tivesse causado males à sociedade, no passado, jamais desejaria contar isso em pormenores! Faria como o apóstolo Paulo, que preferia dar ênfase à sua nova vida com Cristo, deixando claro que “as coisas velhas já passaram” (2 Co 5:17).

Eu defendo a prisão perpétua para quem comete crimes hediondos. E também reconheço que o Senhor Jesus tem transformado verdadeiramente a muitas pessoas que viviam no mundo do crime, não tendo em conta os tempos da ignorância (At 17:30). Mesmo assim, sempre duvidarei daqueles que se dizem ex-isso-e-ex-aquilo. Nunca deixaria a minha filha sozinha, por exemplo, com alguém que tenha histórico de abuso de crianças só porque ele se diz pastor ou evangélico. Por quê? Porque duvido de sua conversão? Não. Simplesmente porque sou prudente e amo a minha filha.

Criminosos que se sentem verdadeiramente regenerados por Deus e estão soltos — em razão da complacente lei brasileira —, podendo inclusive ter o privilégio de falar nas igrejas e em programas de TV, deveriam também ser prudentes. Em vez de usarem o seu passado como chamariz, em seus testemunhos, deveriam dar a Deus toda glória por Ele ter usado de graça e misericórdia para com eles.

Pela sua graça, Deus nos dá o que não merecemos: a vida eterna e a certeza de que estamos perdoados. E, pela misericórdia, Ele não nos dá o que merecemos: a morte e o inferno (Rm 6.23). Glória a Deus!

Em Cristo, que é amoroso e justo,

by Ciro Sanches Zibordi

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Coisas que os cristãos gostam

Jonathan Acuff é um humorista e autor cristão americano. Em 21 de março de 2008 ele criou um blog, que virou site depois. O objetivo era simples, fazer uma lista das coisas que os cristãos mais gostam de fazer e comentar sobre elas. O site convidava os visitantes a darem sugestões e assim foi aumentado a lista.

Depois de o blog receber 730 mil visitas desde a criação, a editora Zondervan resolveu publicar o material em formato de livro e audiolivro. Ele escolheu 120 "coisas" para a versão impressa, sendo 80 inéditas até então. São 208 páginas que incluem os comentários do autor e parte dos comentários do blog. No dia do lançamento do livro (1/04/2010) o blog já contava com 740 itens. Sua lista/livro inclui uma série de pregadores/autores famosos, filmes e músicas. Vários ítens não fazem sentido na nossa realidade, pois são característicos da cultura cristã americana. Mas Acuff também enumera coisas que vemos por aqui. Segue uma seleção retirada da lista dos 500 mais comentados disponível no site:


#1 - Tentar dar um ar cristão a idéias e produtos populares

#10 - Objetos de decoração cristãos de gosto duvidoso

#12 - Criar fórmulas para melhorar de vida em "X" passos

#14 - Tratar a Deus como seu namorado

#27 - Falar sobre cristãos famosos

#29 - Não dançar

#31 - Falar palavrão só de vez em quando

#34 - Sutilmente tentar descobrir se outros irmãos também bebem

#39 - Dar opinião sobre algo que não conhecemos

#53 - Dizer "Vou orar por você" e não orar

#64 - Ter medo que o arrebatamento venha antes de você casar

#65 - Colocar versículos na assinatura do seu email

#69 - Ter um lugar reservado na igreja

#80 - Resolver tudo com "mais oração"

#81 - Chamar fofoca de pedido de oração

#94 - Bíblias de estudo com diferentes especialidades

#101- Deixar qualquer um tocar no louvor

#105 - Desejar que seu testemunho de conversão fosse mais emocionante

#107 - Domingos

#116 - Dizer "vou orar sobre isso" como sinônimo para "não"

#121 - Achar que Deus vai lhe dar um chamado seguido de muitos detalhes

#134 - Usar a Bíblia para evangelizar pessoas que não acreditam na Bíblia

#149 - Boicotar coisas "anti-cristãs"

#150 - Dizer que está "esperando em Deus"

#158 - Não usar o nome da pessoa, chamá-lo apenas de "pastor"

#170 - Repassar emails com mensagens cristãs

#188 - Julgar a fé de alguém pelo número de versículos sublinhados em sua Bíblia

#206 - Mandar recados para o diabo

#225 - Transformar os diáconos em agentes secretos

#238 - Desejar que tivesse se divertido mais antes de se converter

#259 - Pensar que fé é um evento

#276 - Fazer coisas supersantas para Deus

#302 - Prosperidade

#303 - Doar coisas inúteis para a igreja

#317 - Dizer aos outros que o sermão do domingo foi direcicionado a eles

#335 - Comparar a vida cristã com Red Bull (te dá asas)

#347 - Usar fé como moeda para negociar com Deus

#362 - Filmes evangélicos, como "Desafiando os Gigantes"

#367 - Pedir dinheiro na igreja

#374 - Emoticons cristãos como "<)><".

#375 - Esquecer quem nós somos

#383 - Fazer ameaças cristãs por carta ou email

#393 - Colocar adesivos cristãos (como o do peixinho) na traseira do carro

#402 - Pensar que Deus está muito longe de nós

#405 - Dizer "a Bíblia" sempre que alguém pergunta qual o melhor livro que você já leu

#429 - Tratar Deus como uma máquina de fazer suco

#433 - Afirmar algo que Deus nunca disse em sua Palavra

#445 - Criar um "ambiente cristão" no seu escritório

#449 - Perguntar a si mesmo se só crer em Deus é o suficiente

#471 - Dormir no culto

#482 - Falar sobre o fim do mundo

#497 - Dar nomes bíblicos aos filhos

#500 - Fazer listas


Fonte: Stuff Christian Likes via Pavablog

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio

A passagem do Novo Testamento que me levou a pensar no que escrevi nesta reflexão foi aquela em que o Mestre curou o criado de um centurião romano.

O texto é fantástico como tantos outros apresentados nos evangelhos!

Mas dois versículos que sempre passam despercebidos são centrais em todo o contexto daquele momento vivido pelo Senhor Jesus.

Refiro-me aos versículos 11 e 12, nos quais Ele diz: “... muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes”.

Um fundamentalista imediatamente diria: claro, muitos virão e se assentarão à mesa com os patriarcas se se converterem a Jesus Cristo. Contudo há uma observação simples para ser feita. O Mestre não diz que muitos virão e se converterão; Ele apenas diz que muitos virão e tomarão lugares.

Mais simples ainda fica essa leitura, quando se observa com cuidado a importância do centurião nessa história. Ele é a chave de tudo e a sua fé é o ponto de partida.

É importante lembrar que o centurião não era nem judeu nem discípulo de Jesus, logo não era membro do Judaísmo, muito menos do Cristianismo que ainda nem existia. Possivelmente, aquele centurião, como todo bom e autêntico soldado romano, era adorador de vários deuses e provavelmente do imperador romano. Numa linguagem cristã, ele era pagão, numa linguagem mais coerente, ele era um religioso politeísta.

Há ainda a hipótese de que nem religioso politeísta ele era, mas apenas um homem que de judeu e de seguidor de Jesus não tinha nada.

Uma segunda observação: ele não se torna cristão após a cura de seu criado. O texto nem relata isso, pois se ele tivesse se convertido, certamente estaria relatado. Mas não, ele permanece na condição religiosa em que se encontrava quando foi procurar ao Mestre.

Portanto, o que um texto deste, se lido a olho nu, sem as lentes da religião cristã, sem os óculos da teologia sistemática ortodoxa e sem os pré-conceitos do fundamentalismo, poderá significar a não ser que Jesus Cristo é o Caminho, a religião – e aqui entra o Cristianismo também – o desvio, e a Graça o meio através do qual Deus salva o ser humano, seja ele alguém que se converterá em algum momento ao Evangelho ou não?

Neste sentido, não dá mais para afirmar que um ser humano que passa a sua vida inteira sem frequentar uma “igreja de crentes”, irá para o inferno só porque não teve tal experiência. Graças a Deus, em muitos casos, pois há pessoas que quando resolvem freqüentar uma denominação evangélica se tornam loucas, manipuladas, bitoladas, cegas espiritualmente, enganadas, alienadas, bestializadas, e tudo o que for possível entrar nesta lista, menos alguém que de fato conheceu e compreendeu o Evangelho da Graça.

Com isso, quando muitos se convertem às “igrejas de crentes”, acreditam que estão no Caminho, quando na verdade estão no desvio. Têm uma facilidade enorme para apontar quem vai e quem não vai para o Céu, contudo, não se percebem como pessoas que carecem da Graça de Deus ainda mais, pelo simples fato de serem pessoas que não sabem fazer outra coisa, a não ser julgar o próximo.

Nisto creio e afirmo com todas as letras: Cristo é o Caminho, pois é capaz de salvar e ver fé genuína em um centurião romano, adorador de deuses estranhos, pagão e adorador do imperador, mas o Cristianismo é o desvio, pois consegue maquiar-se com as belezas sublimes do Evangelho, mas vive uma religião semelhante à dos fariseus dos tempos de Jesus, que eram zelosos e ortodoxos no que se refere à obediência ao texto, mas cegos na prática, sobretudo, por julgarem com facilidade, seres humanos que eram tão imperfeitos quanto eles.

Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois este pratica as maiores e mais terríveis atrocidades em nome de Deus; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois este ensina as pessoas, a ingênua e inocentemente negociarem com Deus a fim de conseguirem prosperidade financeira, como se Ele tivesse interesse em enriquecer materialmente os seus filhos; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois burra e admiravelmente se tornou a religião que menos entendeu os ensinamentos de seu próprio fundador – se é que Jesus foi o fundador desse negócio – ; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois consegue levar as pessoas a acreditarem que os não-cristãos irão para o inferno só porque não se tornaram cristãos, como se Deus só pudesse salvar pessoas por meio de experiências religiosas dentro das “paredes” da religião cristã; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois este em vez de tornar a caminhada cristã uma caminhada de liberdade e descanso, torna-a ainda mais penosa, turbulenta, repleta de regras e cargas a serem carregadas; Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, pois em vez de manter as pessoas que acreditam estarem servindo ao Jesus apresentado nos evangelhos, consegue desviá-las a qualquer outro caminho que não é o Caminho da Graça de Deus em Cristo.

Cristo é o Caminho, o Cristianismo é o desvio, por tantos outros e infindáveis motivos! Cabe agora a criatividade de cada um para continuar nesta reflexão, se é que para enxergar as discrepâncias existentes entre Cristo e o Cristianismo, seja uma tarefa que exija muita criatividade. Penso que não.

na Graça,


segunda-feira, 5 de abril de 2010

"A existência de Deus foi confirmada pelas tabelinhas de Pelé e Tostão."

Uma colagem de frases do criador do Jornal Nacional resume a vida, o estilo e a paixão pelo esporte do grande cronista.

"Achava que estava sem horizonte em Xapuri. Saí do Acre com 17 anos. O Acre é uma magia. É o único estado que é brasileiro por devoção. É uma causa da humanidade. Cheguei ao Rio de Janeiro em setembro de 1944. Nunca tinha visto mar, asfalto, bonde e automóvel. Só tinha conhecido um carro na minha vida. Minha intenção era continuar a carreira de pilotagem, iniciada no aeroclube de Rio Branco. Voar de ultraleve não é um acaso na minha vida. É destino. Troco dois pés em bom estado de conservação por um par de asas bem voadas. Mas tenho a alma, a palma e o coração de jornalista.


Também tenho sorte. Em junho de 1954, depois da derrota do Brasil para a Hungria na Suíça, eu esperava no vestiário quando ouvi um barulho enorme no túnel. Era uma pancadaria generalizada. Enfiei uma câmera pelo basculante do vestiário e fotografei, sem querer, o Zezé Moreira, que era técnico da nossa seleção, arremessando uma chuteira no rosto do ministro de Esportes da Hungria. Se eu não gostasse tanto da vida, esse seria um bom momento para morrer. Fiquei bastante popular entre os jornalistas.

Na madrugada de 5 de agosto, menos de quarenta dias depois, eu estava entrando em casa quando presenciei o atentado contra Carlos Lacerda. Pedi ao Pompeu de Souza, secretário de redação do Diário Carioca, para não fechar a edição. Ele determinou que eu redigisse a reportagem na primeira pessoa do singular. Foi a primeira vez que se utilizou no Brasil essa técnica jornalística.

Gosto de política, mas prefiro esporte e, entre todos os esportes, futebol, o mais vibrante universo de paz que o homem é capaz de iluminar com uma bola, seu brinquedo fascinante. Bola é magia, bola é movimento. Brinquedo mágico que se submete suavemente à vontade do homem. Por isso, respeitemos no árbitro, ao menos, o sofrimento de estar ele no meio da brincadeira sem poder brincar.

Brincar com a bola é descobrir a harmonia e o equilíbrio do universo. A Terra é redonda (e gira em torno de Pelé). Deus é esférico. A existência de Deus foi confirmada pelas tabelinhas de Pelé e Tostão. O futebol não aprimora os caracteres do homem, mas sim os revela. Futebol é uma religião pagã, em que as pessoas se encontram para adorar a bola.

Para entender a alma do brasileiro, é preciso surpreendê-lo no instante de um gol. Nosso povo não canta o hino no dia 7 de setembro, mas sim quando a Seleção joga. É nesse momento que sua manifestação cívica é mais ardente. Amar um clube é muito mais que amar uma mulher. Ao longo da vida, troquei de namorada, sei lá, mil vezes. Jamais trocaria o Botafogo, nem por outro clube nem por nada neste mundo.

Um dia, consumido de saudades botafoguenses, escrevi um breve poema sobre Nilton Santos: ‘Tu em campo parecias tantos / e, no entanto - que encanto -, eras um só: Nilton Santos!’. Nilton não era um jogador de futebol, era uma exclamação. Minha memória é um feixe de deslumbramentos. Fui mal acostumado pela contemplação da utopia.

Vi Pelé, tão perfeito que, se não tivesse nascido gente, teria nascido bola. Vi Garrincha, para quem a superfície de um lenço era um enorme latifúndio. Driblar com as pernas tortas, e driblar como ninguém, eis o mistério de Garrincha que eu não ouso explicar. E vi Didi, de chute oblíquo e dissimulado como o olhar de Capitu. Vi o Real Madrid dos anos 50, mas vi sobretudo o Santos e o Botafogo da virada daquela década.

Nos jornais e na TV, passei a vida procurando palavras, não necessariamente a mais bela, mas a exata. A palavra é como o ser humano: nasce, cresce e morre. Mas tem sobre nós a vantagem do renascer. Sofro tanto no processo da escrita que hoje acho que muito melhor que escrever é ter escrito.

A TV conjuga um verbo irresistível que é o verbo mostrar. Fazer o Jornal Nacional tornou-se rotineiro, mas certos fatos obrigam um jornalista a celebrar de joelhos o fato de estar vivo. A chegada do homem à Lua, por exemplo. Ou a vitória do Brasil na Copa de 70. Aquela e a de 58 foram as mais românticas das seleções. Qual teria sido a mais perfeita? Fico com a que triunfou na Suécia. Reluzia e suava. Suava e reluzia. E o ataque juntava nada menos que Pelé e Garrincha.

Não sei o que virá depois, mas tenho uma desconfiança: quem morre muda, e quem muda melhora. Tenho notado que os meus amigos que morreram melhoraram com a morte. Eu não a desejo, mas também não vejo na morte o fim do mundo. É só uma grande mudança. E pode ser o começo de outro mundo."


by Armando Nogueira


Fonte: Revista VEJA

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu sei o sentido da Páscoa

Diante de tantos coelhos, ovos, chocolates e do famigerado apelo comercial, o que nos resta da Páscoa? Na verdade a pergunta não seria essa, pois essas coisas supracitadas que são o resto (Mt 6:33)!

Para aquele que crê no Redentor de nossas vidas, a Páscoa tem um tempestivo significado: o sacrifício (Ef 5:2) e ressurreição (1Pe 1:3) de Jesus Cristo.

O primordial desse sacrifício, foi o impacto que causou na vida de todos nós. Pois sacrifícios, existem muitos na história da humanidade. Contudo o sacrifício de Jesus é único, haja vista, que foi um sacrifício para salvar toda a humanidade, e não só um grupo ou etnia. E seria muito heróico, eu ou você, querermos morrer para salvar a humanidade da condenação eterna, sobremaneiramente não teríamos poder para tal. Jesus tinha (tem), pois ele é o Cordeiro de Deus (1Pe 1:19). Ele tinha (tem) esse poder porque era o próprio Filho unigênito de Deus, o Criador (Jo 3:16). Ele era (é) o próprio Deus! (Jo 12:45) E quem tem poder maior do que o Todo-Poderoso?

Entendendo todo o propósito da criação desde o Éden até hoje, fica fácil entender o que a Páscoa realmente significa para mim e para você.

Agora tem mais sentido e ficou mais emocionante comer o meu ovo de páscoa: Vou celebrar que o MEU REDENTOR VIVE! (Jó 19:25)

Obrigado, Jesus!

publicado pela primeira vez em 08/04/09

quarta-feira, 31 de março de 2010

Marketing Evangélico. Evangélico? Sério?! (Jesus era o fiasco do marketing.)

Vendo TV e notícias na internet, logo constato que os programas e eventos organizados pelas igrejas estão ficando cada vez mais exóticos e excêntricos. Os apelos evangelísticos lançados ao proselitismo nos templos e nas ruas pelos novos pouco menos de 20% de evangélicos que ganhamos nos últimos anos têm mudado a cara da igreja cristã e rompido com os velhos paradigmas.

Não consigo enxergar muita semelhança na mensagem e no modo de transmiti-la quando comparo as igrejas modernas com Jesus Cristo. O evangelismo acelera para a bancarrota total da apostasia, uma vez que tem buscado agradar e refletir mais os anseios egoístas dos homens do que a Deus e sua palavra.

Jesus era o fiasco do marketing. Ele era aquele que, a julgar pelas estratégias e métodos de propaganda e divulgação atuais, deveria ter sido o aluno esquisito, o irrritante, o do contra, o baderneiro do fundão da sala de aula – o irônico e politicamente incorreto. E o motivo é muito simples: enquanto as igrejas tentam propagar o evangelho tornando-o mais apetecível, cômodo, promissor e atraente para os seus “consumidores”, “usuários”, “espectadores” e “clientes”, Jesus fazia o contrário: ele praticamente “espantava” os aspirantes a seguidores valendo-se de desafios, dificuldades e exigências, fazendo com que muitos deles, especialmente os mais ambiciosos, tímidos, interesseiros e intransigentes desistissem antes mesmo de tentar segui-lo.

Ele era péssimo propagandista. Conseguiu arrebanhar, confundir e dispersar multidões, irritar autoridades, expor o verdadeiro caráter de seus contemporâneos, dividir uma religião e desprezar todas as demais (pondo-se como único camnho para Deus) e contrariar o mundo.

Ele estabeleceu uma nova ordem, apresentando-se como servo e como Deus: o Caminho, a Verdade e a Vida, o Salvador do Mundo: o que o distinguia de todos os outros que o antecederam. O Homem era uma dinamite implodindo o sistema. Conseguiu a proeza de, mesmo sendo muito carismático e acessível a todos, diminuir o número de seus seguidores de setenta e dois para doze, sendo que um deles, desde o princípio, era um joio do mal, e, mesmo assim, antiestrategicamente (em relação ao marketing), foi escolhido por ele, para tentar destrui-lo.

Jesus terminou sua vida terrena numa cruz, deixado por quase todos os que o seguiam, exceto alguns de seus discípulos, sofrendo vexame e sevícias, abandonado até mesmo por Deus – tudo por causa do nosso pecado.

Ele afirmava pregar um tal “evangelho”, o qual tornou-se obsoleto e desprezível para uma multidão controvertida que o afirma seguir hoje, a qual se denomina com a palavra que designava aquele ensinamento (“os da boa-notícia”), sem, entretanto, guardar identidade ideológica e prática com ela – antes contrariando-a, e perdendo, assim, o rumo e a essência da palavra do Senhor.

Ele não usava “jingles” nem “slogans” e apresentava os entraves à sua mensagem até mais enfaticamente do que as benesses prometidas; atraía pessoas de má-fama e censurava pessoas de boa fama; exigia mudança de vida e renúncia total, perfeição de caráter e de coração; exaltava os que passam por dificudades e lhes prometia a solução de seus problemas – mas não nesta vida, que lhes guaradava provações; garantia a todos que o seguissem que não seria fácil, que se conformassem com o pouco, que dependessem da fé em Deus, e, ainda assim, não permitia que se envergonhassem dele e que o negassem diante dos homens; falava de pecado, inferno, redenção, perdão, humildade e novidade de vida... E quem não quisesse deixar tudo para trás, incluindo a própria família, para ser seu discípulo, era julgado indigno: poderia dar meia-volta e ir embora. Jesus era categórico. Com ele não tinha nhe-nhe-nhém, oba-oba, moleza e nem mas.

Hoje algumas igrejas promovem lutas de boxe, de jiu-jitsu, espetáculos, campanhas de promessas de bênçãos monetárias, materialismo, curas instantâneas e sem comprovação, centralização das pessoas em torno de uma casta de líderes de moral e princípios questionáveis, a supremacia do ego, a desimportância do arrependimento, a soberania absoluta e onipotente da fé na fé, o senhorio divino meramente professo, o discipulado da inquestionabilidade pastoral, a abolição do pensamento, o entorpecimento espiritual, a carnalidade do aprender, a maldade intrínseca do prazer, e, quando convém, o hedonismo disfarçado de cristianismo, alianças políticas escusas em busca do poder temporal, um deus subserviente, um salvador mosca-morta e um espírito de baderna, loucura e confusão, um diabo com atrbutos divinos e uma mensagem que agrega indivíduos a empresas de família com fachada de igreja, destinadas a enriquecimento ilícito de seus donos, cobertura de crimes e extorção da fé alheia.

Toda esta cloaca humana, infelizmente, é chamada de “evangelho” hoje. E é divulgada como uma espécie de “commodities” de grife eclesiástica, utilizando-se do melhor (e do pior) que a ciência da propaganda pode fazer. Nada tão oposto ao que Jesus pretendeu.

Como eu dizia, Jesus implodia o sistema para fazer novas todas as coisas. Muitas “igrejas” apenas rebolam para se encaixar no obsoleto sistema mutante da moda humana, que, em breve, será conjugado no pretérito, para sempre, e relegado ao esquecimento eterno, porque já foi condenado e pregado na cruz pelo mais-que-perfeito Verbo Divino, o Autor da história.


by Avelar Jr.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Roriz, o pai de todos

Graças a Joaquim Roriz, candidato ao governo do Distrito Federal pelo PSC, à rotina de escândalos políticos de Brasília, simbolizada pela prisão do governador José Roberto Arruda (ex-DEM), agregou-se o deboche. Desde o dia 23 de fevereiro, Roriz aparece em rápidas inserções do programa eleitoral do PSC, do qual é presidente de honra, para se demonstrar uma inusitada indignação com o esquema de corrupção montado por Arruda e aliados no DF. As falas, visivelmente editadas, tentam compensar a incapacidade de articulação narrativa de Roriz, mas o elemento ofensivo do discurso não está na forma, mas no conteúdo. Roriz, pai de todos os escândalos do DF, nos últimos 20 anos, se diz indignado com o que vê. E não se trata de uma piada.

“É tão vergonhoso, é tão escandaloso e eu fico numa indignação, eu fico numa vergonha meu Deus do céu, como pode chegar nisso aí?”, pergunta Roriz, aos céus. “Mas, por outro lado, eu vejo firmeza na Justiça. A Justiça vai punir, a Justiça vai fazer como ela está fazendo. Então eu fico, por um lado eu fico com profunda decepção, e, por outro, cheio de esperança que a Justiça cumpra seu dever”, ensina o probo ex-senador do PMDB que, ocasionalmente, renunciou para não ser cassado por corrupção.

Joaquim Roriz, goiano de Luziânia, governou o Distrito Federal por quatro vezes, a partir de 1988, indicado bionicamente pelo então presidente José Sarney. Desde então, dedicou-se à construção física de currais eleitorais em forma de imensos e miseráveis assentamentos em torno da capital federal, aos quais se vinculou por meio de distribuição de lotes e por um discurso político populista e messiânico, deliberadamente repleto de erros de português e de citações religiosas. Ocorre que, em nome de Deus, Roriz já fez o diabo.

Contra o ex-governador há o registro de seis notícias crimes e cinco inquéritos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se de um rol que inclui desde racismo (chamou um eleitor de "crioulo petista", durante um comício) a improbidade administrativa, falsidade ideológica e crimes contra a fé pública. Mas, enquanto permaneceu no mundinho quadrado do Distrito Federal, Roriz sempre conseguiu se safar, de um jeito ou de outro, ora debruçado sobre genuflexórios das igrejas locais, ora derramado em lágrimas entre cabos eleitorais mantidos nas monumentais favelas que ajudou a criar em torno de Brasília.

Em 2006, Joaquim Roriz, então no PMDB, decidiu se candidatar ao Senado Federal. Embora tivesse uma vice candidata a sua sucessão, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), a quem já chamou de “vadia” em um comício, em 1994, Roriz apoiou o candidato do PFL, hoje DEM, José Roberto Arruda. Foi dessa simbiose, iniciada anos antes, quando Arruda foi secretário de Obras de Roriz, que nasceu o escândalo apelidado de “mensalão do DEM”. Qualquer outra tese sobre o tema é escapista. Não há nada de rigorosamente novo no escândalo de corrupção do DF que não tenha se originado das práticas e das gentes dos governos Roriz. Escândalo que o ex-governador acompanhou de longe, quieto, porque, ao botar o nariz para fora da política local, ele só conseguiu ficar cinco meses no Senado, do qual se afastou, em julho de 2007.

As circunstâncias políticas da renúncia de Roriz são emblemáticas, sobretudo quando se ouve, hoje, o ex-governador botar tanta fé e esperança na força da Justiça. Em 2006, Roriz foi flagrado em escutas telefônicas da Polícia Civil do DF quando negociava a partilha de um cheque de 2,2 milhões de reais com o então presidente do Banco de Brasília (BRB), Tarcísio Franklin de Moura. A justificativa de Roriz para o flagrante adiantava o clima de deboche que viria. Segundo o ex-governador, o dinheiro era para pagar a compra de uma bezerra premiada do empresário Nenê Constantino, dono de uma empresa de transporte urbano do DF e da Gol Linhas Aéreas.

Depois da renúncia, a Polícia Civil do DF passou a trabalhar com a possibilidade de o dinheiro de Roriz ter sido oriundo de uma propina milionária por conta da mudança de destinação de um terreno que pertencia a um aliado, comprado por uma das empresas de Constantino. O suplente de Roriz e seu sucessor no Senado, Gim Argello (PTB), é apontado como intermediador do negócio.

A nova ofensiva política de Joaquim Roriz, baseada numa peça de marketing que afronta à inteligência do eleitor do DF, é uma aposta decisiva numa amnésia ainda a ser combinada, não se sabe a que preço, com a mídia local. Isso porque basta passar os olhos pelos nomes citados na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, para perceber, de imediato, a ligação visceral entre as estrelas dos vídeos de corrupção explícita que derrubaram Arruda e os governos comandados por Joaquim Roriz.

A deputada Eurides Brito (PMDB), flagrada enquanto enchia uma bolsa de couro com maços de notas de cem reais, foi secretária de Educação e, depois, líder do governo Roriz. Cargo, aliás, que viria a desempenhar, também, no governo Arruda. Em texto escrito em um blog pessoal, na semana passada, ela acusou o ex-governador de ter ordenado a ela botar a mão na dinheirama. Seria, segunda a deputada, para garantir apoio a José Roberto Arruda, nas eleições de 2006. “Foi um dinheiro que o Roriz mandou eu receber”, afirma Eurides.

O deputado Júnior Brunelli, do PSC, era o parlamentar que organizava o apoio a Roriz entre as lideranças evangélicas do DF. Entre 2005 e 2006, foi presidente da Comissão de Constituição de Justiça da Câmara Legislativa, cargo-chave para as operações de Roriz no governo, sobretudo no que diz respeito a pareceres para liberação de créditos suplementares para empresas, segundo a Operação Caixa de Pandora, vinculadas ao esquema de corrupção do DEM. Brunelli, que renunciou ao mandato para não ser cassado, ficou famoso por comandar a famosa “oração da propina”, proferida em honra ao corruptor Durval Barbosa.

O deputado Leonardo Prudente (ex-DEM), ex-presidente da Câmara Legislativa, mais conhecido pela alcunha de “deputado da meia”, também presidiu a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Casa, durante o governo Roriz. Também graças a ele, os créditos suplementares da Codeplan eram resolvidos em menos de 72 horas. Prudente também renunciou para não ser cassado.

Welligton Moraes, dito jornalista, coordenava o milionário setor de publicidade de Joaquim Roriz, mesma função que passou a ocupar no governo Arruda, cedido a título de gentileza de um aliado para outro Por ora, Moraes está no presídio da Papuda, em Brasília, acusado de coordenar uma ação para subornar uma das testemunhas do esquema de corrupção do DF.

A simples perspectiva de que Joaquim Roriz possa ser eleito, novamente, governador do Distrito federal, deve ser encarada como sintoma de uma grave doença de caráter do eleitor do DF. Um fenômeno a ser discutido como questão prioritária de educação e de formação cultural, essa sim, a ser cuidadosamente pensada como intervenção federal. A posição de Roriz nas pesquisas revela, até aqui, uma inclinação corrupta dos eleitores do DF, inclusive da abastada classe média de Brasília (que nada tem a ver com a dura realidade das cidades-satélites).

Um pêndulo que oscila entre a ignorância e a má fé, sustentado por uma sinistra certeza de que, por aqui, ladrão não é quem rouba, mas só quem é pego roubando.



by Leandro Fortes




Fonte: Carta Capital em 04/03/2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Evangélico que virou católico que virou espírita que virou budista...

A soberda dos religiosos que acham a sua religião melhor que a dos outros foi esinada por quem? Estou certíssimo que não foi por Jesus Cristo.

Como pode alguém vibrar quando um pastor diz: "Ei, você! Deixarás de ser católico e serás evangélico!". Onde tá escrito que ser evangélico é melhor do que ser católico?

Como é possível uma multidão glorificar (glorificar?) a Deus (a Deus?) quando um padre diz: "Você agora é católico e não mais evangélico". Onde tá escrito que ser católico é melhor do que ser evangélico?

Não sei o que o esse povo anda lendo... tudo que sei, é que não é a Bíblia!

Deveríamos vibrar e glorificar a Deus quando ouvíssemos tal testemunho:

"E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2:1-10)

Não citarei, enumerarei ou rotularei as religiões, seitas, irmandades, mutualismos... pois sabe o que importa? O apóstolo Paulo nos responde: "Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda." (Filipenses 1:18)

É muito comum ouvirmos relatos de que é impossível vencer o pecado com suas investidas tentadoras. Vencer só com Jesus! Podemos suportar todas as aflições com bom ânimo (João 16:33). Ser um reconhecido filho de Deus nos garante vitória sobre as aflições do mundo (1Jo 4:4).

O fato de Jesus ser O Caminho, a Verdade e a Vida deveria ser suficiente para anular essas disputas religiosas. E mais relevante para tal é a evidência bíblica de que Jesus é o Único com o poder de nos religarmos a Deus. Se você faz questão de ser religioso, que sua religião seja Jesus. Não há palavra melhor do que esta:

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras.
Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.
Se me amais, guardai os meus mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós.
Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; porque eu vivo, e vós vivereis.
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.
Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.
Tenho-vos dito isto, estando convosco.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque meu Pai é maior do que eu.
Eu vo-lo disse agora antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim;
Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui." (João 14)

Amém!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Eu sei o sentido do Natal


Mais um ano, menos cabelos e mais um natal... e a mesma ladainha de sempre: presentes e o comércio bombando! Dessa vez, não vou dar uma de chato e falar que o natal é só comércio. Contudo, é muito bom que seja comércio, pois assim as pessoas têm emprego e alegria de comprar e presentear.

Mas chega de falácia e vamos ao que interessa que seja lembrado nessa data: o nascimento de Jesus! Vejam que lindo: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).

É muito relevante para a história da humanidade esse nascimento. Até para os ateus, pois a maioria deles têm registrado em seu documento de identidade a seguinte informação: data de nascimento. Lá diz que ele nasceu, por exemplo, em 11 de janeiro do ano de 1984 depois de Cristo. Ou seja, ele confessa que nasceu depois de Cristo!

Mas seria relevante somente por esse fato? Claro que não!

Concordo que isso seja irrelevante para aqueles que não aceitam o fato da existência de Deus e que Jesus, o Cristo, não é o Deus encarnado na terra dos viventes. É muito duro reconhecer isso sem a fé e sem a transformação que isso poderá gerar em sua existência... é muito mais fácil raciocinar que viemos do macaco... sério!? Eu não! Preferiria ter vindo do cachorro, que é muito mais fiel!

É muito mais difícil compartilhar o raciocício de que Deus me criou e veio através de Jesus me resgatar e endireitar o meu caminho. Mas o que seria esse endireitamento? Ora, o próprio Criador me responde: "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." (Efésios 2:1-10).

E de bom grado, primeiramente nos amou: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3:16).

É muito árduo beber deste cálice: se colocar no lugar de alguém que tem o poder de fazer qualquer coisa e se sujeitar a isso: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz".

Com esse propósito: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Filipenses 2:6-11).

Debaixo dessa soberania universal que agradeço o privilégio de dizer: "Eu sei o sentido do Natal, pois na história tem o seu lugar. Cristo veio para nos salvar, o que Ele é pra mim?"

Então, Feliz Natal!


Publicado também em: 21/12/2008 01:30

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Prosperidade é Ganhar Almas

"O povo pobre do mundo, os excluídos das sociedades, não tem fome somente de pão, mas também da humanidade que lhe é negada. Fome do Deus que não exclui ninguém (Atos 10:35 e Romanos 2:11), e que está no meio dos seres humanos "para que todos tenham vida e a tenha em abundância" (Jo 10:10). Para que essa boa-nova possa dar frutos na nossa sociedade, devemos enfrentar outro problema fundamental, que é uma tarefa basicamente teológica: a crítica às teologias da retribuição e da prosperidade. teologias que, de certa forma, dizem que a pobreza e o sofrimento são castigos enviados por Deus aos pecadores e que a riqueza é justa e merecida porque é a benção divina distribuída por meio de mecanismo do mercado. Essas teologias usam o nome de Deus em vão (Êxodo 20:7), sacralizam as injustiças do mundo e anunciam um deus-ídolo que legitima a cultura da insensibilidade e coloca culpa nas vítimas dos mecanismos de exclusão da nossa sociedade".


by Jung Mo Sung
em Se Deus existe, por que há pobreza? p, 95.




CAMPOS BRANCOS

Pr. Antônio Cirilo

Capturado por teu amor
Embalado por teu perdão
Eu me sinto preso a ti
Por laços de amor

Profundo em meu coração
Sinto um fogo de amor por ti
Meu desejo nesta canção é te fazer sorrir

Correrei pelos teus campos brancos
Correrei para te encontrar
E em tua seara, Senhor, te abraçar

Eu compreendo o teu coração
O valor do teu sacrifício
Pelos teus campos brancos, Senhor, eu correrei contigo

by Antonio Cirilo
Santa Geração